Polícia Militar de Santa Catarina inaugura monumento em homenagem a policiais mortos em batalha

Em homenagem aos policiais militares mortos na Batalha da Serra da Garganta na Revolução de 1930, a Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC) instalou um monumento no local do combate em Anitápolis. O evento aconteceu na manhã desta segunda-feira, 18, e contou com o apoio da Prefeitura Municipal.

O monumento, denominado “Heróis da Serra da Garganta” visa promover a preservação ambiental e o desenvolvimento do turismo sustentável, honrando o legado dos que lutaram e inspiraram as gerações futuras. O objeto é uma pedra onde está gravada uma homenagem aos mortos no combate com uma citação do livro “Tombados e Esquecidos”, de autoria do ex-comandante-geral da PMSC, coronel RR Valmir Lemos, que esteve presente na solenidade.

A Serra da Garganta, a 18 km do centro, é um dos principais locais históricos do Estado, onde aconteceu o Combate da Garganta, em 1930, um dos episódios mais sangrentos da história catarinense.

Estiveram presentes no encontro o comandante-geral da PMSC, coronel Aurélio José Pelozato da Rosa, do 11º Comando Regional de Polícia Militar (CRPM), coronel Cleber Pires, do chefe de comunicação do Centro de Comunicação Social da PMSC, coronel Marcos Aurélio Ramm, do comandante 37º BPM, tenente-coronel Allex Gonçalves Modolon, da prefeita de Anitápolis, Solange Back, da desembargadora do Tribunal de Justiça de SC, Haidée Denise Grin, do prefeito de Águas Mornas, Omero Prin, e demais autoridades e público civil.

O comandante-geral da PMSC, coronel Aurélio José Pelozato da Rosa, destacou que “a homenagem possa servir de lembrete constante do sacrifício e dedicação destes heróis, e além disto, de todos os policiais de Santa Catarina, que arriscam suas vidas diuturnamente para manter a sociedade segura”.

O Combate na Serra da Garganta

No dia 3 de outubro de 1930, data de início da revolução, parte das tropas organizadas por Getúlio Vargas adentraram Santa Catarina, via Passo de Torres, no Rio Mampituba, tomando Araranguá e, pela via férrea, ficou estabelecida em Tubarão sob o comando de Ernesto Lacombe e do capitão André Trifino Correa.

A estrada que ligava os municípios de Tubarão e Florianópolis havia sido aberta alguns anos antes e era a solução mais razoável para o avanço do efetivo. Entretanto, havia uma região em Anitápolis, conhecida como Serra da Garganta, que estava ocupada pelos policiais da Força Pública Catarinense, na época comandada pelo governador do Estado, Fulvio Aducci, que se mantinha fiel ao governo federal.

Foi então que, sob o comando do major Camilo Diogo Duarte, os revoltosos adentraram o município em 14 de outubro de 1930. Já a postos no local, o efetivo militar legalista estava sob as ordens do tenente Romão Mira de Araújo. Como resultado, houve diversos policiais mortos no confronto, sendo alguns deles enterrados no próprio local.

Em São Bonifácio, município fronteiriço a Anitápolis, foi construído um monumento chamado “Heróis da Serra da Garganta”. A iniciativa foi do Padre Sebastião Antonio van Lieshaut, pároco holandês que atuou na cidade. Ao saber do episódio, ele ficou impressionado com o esquecimento do fato e decidiu eternizar o acontecimento na praça central do município.

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