‘Ponte dos Arcos’: um grande avanço para as enchentes do Rio Iguaçu

A foto dos anos 40 do século passado é a prova incontestável da falta de visão dos engenheiros com relação ao futuro do crescimento urbano da cidade de União da Vitória.

O local escolhido pelo Governo do Estado, comandado pelo interventor Manoel Ribas, para a construção da primeira ponte: a ponte dos arcos, ou ponte nova.

Politicamente encrencado com o prefeito coronel Amazonas, segundo historiadores de confiança, o inventor Manoel Ribas determinou que a ponte, que era de fundamental importância para União da Vitória, fosse construída num local totalmente inadequado, com a construção de um aterro de mais de 400 metros, obstruindo a passagem do Rio Iguaçu e em baixo de um morro, que está desmoronando há várias décadas (tenho fotos de 1951). Mas se a ponte tivesse sido construída nas proximidades da ponte ferroviária, ia valorizar as fazendas do prefeito coronel Amazonas, cuja família tinha São Cristóvão como sua fazenda.

Sem aquele aterro, que trancou grande espaço do rio para dar acesso à ponte, se não tivesse sido realizado, o rio, em períodos de enchentes, não encontraria, como agora, um obstáculo para passagem das águas.

Além desse erro que ajuda a bloquear a passagem das águas do grande rio, o excesso descontrolado de aterros e invasões, com a construção de casas, imóveis de empresas e escolas, tudo com o aval do poder público, sem a visão da elaboração de um Plano Diretor adequado às nossas condições geográficas, por causa da passagem do Rio, traz agora resultados desastrosos, difíceis de serem equacionados.

A construção da ponte no lugar errado, não seria responsável por aquele extenso aterro, a partir do Colégio ‘Túlio de França’.

 

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