A verdade sobre a SC-135. Ordem de serviço só foi assinada por determinação judicial

Vereador Christian Martins deve pedir também o cancelamento das honrarias, além de Colombo, de Luiz Henrique, de Mariani e de Cobalchini.

Até com certo estardalhaço o vereador Christian Agenor Martins (MDB), atual presidente da Câmara Municipal, em seu facebook está anunciando a assinatura do contrato da ordem de serviço entre a Secretaria de Infraestrutura e Obras e a empresa Décio Pacheco, no valor de R$ 7,5 milhões para a realizar a recuperação dos trechos mais críticos da SC-302 que liga Porto União da Matos Costa.

Esse valor, que na verdade, mesmo que tenha uma fiscalização até severa por parte do Deinfra (Departamento de Infraesrutura), não será o suficiente para as obras de restauração do trecho, principalmente na região do Pintadinho, que está praticamente dentro da bacia hidrográfica do Rio Pintado.

No texto que postou no facebook, Martins, contudo, não informou que esse valor já estava definido ainda na gestão do governador Colombo, mas que acabou sendo liberado porque amanhã, 30 de junho, termina o prazo da determinação da Justiça da comarca de Porto União, através de ação do Ministério Público, para que referido valor (embora no nosso entendimento não seja suficiente), fosse liberado.

Concluído o asfaltamento da 280 entre Canoinhas/Porto União (hoje de competência do DNIT), órgão do Ministério da Infraestrutura e Transportes, no primeiro governo de Esperidião Amin, foram iniciadas as obras do trecho da então SC-302 entre Caçador/Calmon/Matos Costa. Correção do traçado, aterros e pontes, bem como o início da pavimentação foram executados ainda por Amin, na sua primeira gestão.

Pedro Ivo Campos então assumiu e determinou a paralisação imediata das obras. Dois anos depois faleceu e Casildo Maldaner assumiu, mas não fez nada.

Aí assumiu Vilson Kleinubing, que também ignorou a importância da obra, sendo sucedido por Paulo Afonso, cuja história todos conhecem muito bem, pois entregou o cargo para Amin com os cofres vazios, quatro meses de salários atrasados e uma dívida gigantesca.

Amin governou com mão de ferro, mas conseguiu acertar a situação financeira do Governo, recuperar o crédito junto às instituições financeiras internacionais e até conseguir os recursos para reiniciar o asfaltamento da antiga SC-302 entre Caçador/Calmon/Matos Costa.

Aí o Estado passou para o comando de Luiz Henrique da Silveira, que derrotou Amin. E no primeiro mandato, beneficiado com o bom legado de gestor de Amin, concluiu o asfaltamento da rodovia, com destaque para o trecho Porto União/Matos Costa, cujo projeto foi executado rapidamente, sem a necessária fiscalização, porque era candidato à reeleição. Um trecho rodoviário que na fotografia ficou muito bonito, mas na verdade uma ‘casca de ovo’  – talvez melhorada…

Por que será que o trecho entre Matos Costa/Calmon/Caçador está em boas condições? Porque o trabalho de infraestrutura do trecho foi bem feito, com fiscalização adequada, ao contrário do trecho Matos Costa/Porto União. E não foi no Governo de Luiz Henrique da Silveira.

Cassar a cidadania de Colombo

No facebook, o vereador Martins lamenta ter sido o autor da iniciativa que concedeu a cidadania honorária ao governador Colombo e informa que vai entrar com medida no legislativo para cassar a honraria.

Mas, vereador: por que só o de Raimundo Colombo? E as honrarias do Luiz Henrique da Silveira (in-memorian), que foi o governador que construiu a rodovia, e dos deputados Mauro Mariani e Valdir Cobalchini que foram titulares da Secretaria Estadual de Infraestutura, portanto os principais responsáveis pela malha rodoviária estadual?  

E o mais grave de Cobalchini: foi titular da importante pasta durante o asfaltamento do acesso de BR-280 a Santa Cruz do Timbó. Um trabalho mal executado. Ou será que fiscalizar a execução de obras é tarefa do chefe do executivo estadual? Ou da respectiva Secretaria que executa a obra, no caso das rodovias a da  Infraestrutura!

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