Clima de tensão nos meios militares

A presidente da mais alta instância do poder judiciário brasileiro, ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), atravessa uma dos momentos mais complicados em toda a sua gestão.

A magistrada mineira, recentemente, delimitou a data para que fosse julgada a autorização para a análise de um habeas corpus preventivo impetrado pela defesa do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

Entretanto, a polêmica votação em colegiado no Plenário da Suprema Corte brasileira ocasionou um verdadeiro “efeito colateral”. Além de Lula ter angariado que fosse autorizada a votação de seu habeas corpus para a próxima quarta-feira (4) de abril, o ex-mandatário petista logrou ainda por meio de uma liminar para que não tenha decretada a sua prisão, pelo menos, até o julgamento do mérito do habeas corpus.

Clima de alta ‘tensão’ nos meios militares do País

Um verdadeiro “alvoroço” passou a fazer parte dos setores militar, a partir de uma possível insegurança jurídica que venha a ser pratica, se os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), em sua maioria, concederem o habeas corpus.

Um dos generais que se tornou o maior expoente dessa insatisfação por parte de setores militares nas casernas, após a deflagração do processo que pode culminar em um “salvo-conduto” ao ex-mandatário petista, é o militar Antonio Hamilton Martins Mourão.

O general Mourão, que se encontra à paisana, desde o último dia 28 de fevereiro, ao ser formalizada sua ida para a reserva das Forças Armadas, afirmou recentemente que se sentiu envergonhado, a partir da decisão tomada de votar o hapeas corpus.

O general Mourão foi enfático ao afirmar que “falta espírito público, pela covardia moral, pela linguagem empolada do Supremo Tribunal Federal”. As críticas de Mourão foram ainda mais contundentes ao considerar que os ministros da Suprema Corte estariam “enganar o homem comum, devido às falsidades e principalmente, pelo fato de demonstrarem que uns merecem mais do que outros, aos olhos daquele colegiado de ministros”.

As críticas de generais como Mourão também reverberaram nas palavras de outros generais, como o militar Luiz Eduardo Rocha Paiva, que afirmou, categoricamente, por meio de fortes críticas ao Supremo, que alguns ministros estariam atuando para prejudicar o andamento das investigações da Operação Lava Jato, já que teriam atingido a figuras da política do MDB (antigo PMDB), além do PSDB.

Esse sentimento é compartilhado pelas tropas que realizam reuniões veladas em clubes militares, devido ao receio de represálias, conforme o que aconteceu com o general Mourão. E o País permanece como um “barril de pólvora” prestes a explodir nos meios militares. (Via: blastingnews).

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