Gelson Merísio, candidato ao Governo de Santa Catarina, vive uma situação delicada, com decisões reprováveis de lealdade
Claudio Prisco Paraíso
Na última semana antes do segundo e decisivo turno, o PSD, partido do candidato Gelson Merisio, vive uma situação delicada.
E absolutamente reprovável sob o aspecto da lealdade partidária. O deputado estadual Gabriel Ribeiro e o ex-prefeito da Capital, Cesar Souza Junior, declararam voto no rival de Merisio, o Comandante Moisés, do PSL.
Se levarmos em conta que o deputado eleito Júlio Garcia, que também é do PSD, rompeu com Merisio há tempos e ficou distante da majoritária durante a campanha, são três lideranças dissidentes.
Bem verdade que Ribeiro, que tentou a reeleição a estadual, e Junior, que disputou a federal, não se elegeram. Mas fizeram boas votações. A dissidência dos três é prejudicial ao concorrente do PSD, que já rema contra a onda 17 de Jair Bolsonaro.
Com o agravante de que Gabriel Ribeiro vem a ser sobrinho do ex-governador Raimundo Colombo, que também não conquistou a cadeira no Senado. Mas antes da campanha, fez de tudo para evitar a candidatura de Gelson Merisio!
Falta postura
No momento em que Gelson Merisio procura reunir todas as forças e ações para virar o jogo em cima do Comandante Moisés, as dissidências no próprio PSD, de alguma maneira dão uma arrefecida nesse processo.
Contraponto
Raimundo Colombo reagiu prontamente à manifestação do sobrinho. Assinalou que não concorda com Gabriel Ribeiro, acrescentando que a decisão do deputado “foi de cunho pessoal.” Além de não concordar, Colombo disse que não vai participar da iniciativa de Ribeiro.
Progressistas
Enquanto o PSD registra dissidências, vale registrar que lideranças do PP como o senador eleito Esperidião Amin, o prefeito de Tubarão Joares Ponticelli e o presidente da Assembleia Silvio Dreveck que não se elegeu, estão mergulhados e atuando com tudo na campanha de Gelson Merisio.