Futuro Chefe da Casa Civil se Bolsonaro for eleito diz que debate na televisão “não resolve nada”
Reeleito e cotado a ministro em um eventual governo do candidato Jair Bolsonaro (PSL), o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) afirmou na Câmara, na tarde desta terça-feira (16), que debate entre presidenciáveis “não resolve nada”. Onyx alegou que a saúde do representante da extrema-direita brasileira é prioridade, mas não explicou porque ou se Bolsonaro de fato vai continuar a faltar a debates com o adversário de segundo turno, Fernando Haddad (PT).
Como este site mostrou na semana passada, a TV Bandeirantes já cancelou debate entre Bolsonaro e Haddad. Outras emissoras devem seguir o mesmo caminho, como a TV Record – cujo dono, o fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, pastor Edir Macedo, anunciou apoio a Bolsonaro.
Para a próxima semana (quinta, 25), como já é quase tradição, está previsto o embate entre os presidenciáveis na rival da Record, a TV Globo, e já há rumores de que o candidato do PSL voltará a se ausentar do debate. As seguidas ausências de Bolsonaro geram discussão há dias nas redes e produziram hashtags como #BolsonaroArregão e #QueremosDebate.
Lorenzoni faz parte do grupo de deputados próximos ao presidenciável, que já afirmou que chamaria o gaúcho para ser seu ministro-chefe da Casa Civil. Questionado por jornalistas se Bolsonaro participaria dos próximos debates, o deputado afirmou que a participação do colega em embates televisivos é questionada “desumanamente” nesta reta final eleitoral.
“Uma coisa é 20 minutos, outra é duas horas”, disse Lorenzoni.Na semana passada, os médicos que avaliaram Bolsonaro vetaram sua participação em debates até uma nova avaliação, a ser realizada nesta semana. No dia seguinte, em ato público no Rio de Janeiro, o deputado discursou por 25 minutos e admitiu que poderia faltar a debates por “estratégia” se fosse liberado pelos médicos.
“Está todo mundo aqui fazendo uma conversa de que, desumanamente, um cidadão que escapou da morte, já fez dois procedimentos cirúrgicos, tem que ir a um debate televisivo que não resolve nada”, acrescentou.
O deputado emendou, afirmando que o jeito “normal” de fazer política brasileira acabou. “Televisão, partido, palanque estadual, dinheiro e debate televisivo a-ca-bou, não resolve mais eleição”. (Congresso em Foco).