Os maiores ‘predadores’ do meio-ambiente em Santa Catarina estão no Planalto Norte

O saldo da Operação Mata Atlântica em Pé, realizada no planalto norte catarinense pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e Polícia Militar Ambiental entre segunda e sexta-feira (10 a 14/9), como parte de uma grande ação nacional, foi a confirmação da degradação de 384 ha de áreas de Bioma Mata Atlântica degradadas e a aplicação de multas ambientais que somam R$ 1,9 milhão.

Durante a operação, foram fiscalizados 63 áreas de Bioma Mata Atlântica distribuídas por 24 propriedades. Na operação, a partir de imagens obtidas por satélites e outros sistemas, os drones realizaram o sobrevoo automatizado (não havia piloto, apenas a inserção de um plano de voo no sistema) e constataram a situação atualizada. Paralelamente, foi realizada fiscalização em solo pelo efetivo de 50 policiais militares ambientais e representantes do Ministério Público. A área degradada fiscalizada na última semana corresponde a cerca de 414 campos de futebol.

Para a Promotora de Justiça do Meio Ambiente de Canoinhas, Ana Paula Destri Pavan – cuja atribuição também abrange outras Comarcas localizadas no planalto norte do Estado -, trata-se de uma atuação inédita no país para a proteção integrada do Bioma Mata Atlântica, e que em Santa Catarina se utilizou da tecnologia existente de forma pioneira, através do voo automatizado de “drones” pela inserção de planos de voos. “A tecnologia assegurou uma atuação eficiente e precisa, com otimização dos recursos humanos, e que a partir de agora poderá ser utilizada nas demais fiscalizações para defesa do meio ambiente”, considera.

A partir dos relatórios de fiscalização, o Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente do MPSC (CME) sistematizará os resultados da operação e, na sequência, encaminhará as informações às Promotorias de Justiça das comarcas onde foram identificados dos danos ambientais para as providências extrajudiciais e judiciais cabíveis, a fim de possibilitar a cobrança da reparação dos danos e de outras medidas compensatórias.

“Essa articulação dos MPs Ambientais do Brasil, com as Polícias Ambientais e órgãos ambientais estaduais para a execução de uma Operação Nacional em proteção do bioma Mata Atlântica e inédita e sem precedentes para a proteção desse bioma e que trouxe, além dos dados muitos significativos de fiscalização e de início do processo de responsabilização e recuperação ambiental, uma atuação coesa, forte e organizada do MP Ambiental brasileiro! Desde já, estamos já articulando e idealizando juntos outras ações no estado e a nível nacional”, considera o Promotor de Justiça Paulo Antonio Locatelli, coordenador do CME/MPSC. (Com informações do MP/SC).

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