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Uma verdadeira ‘confusão’ na campanha para deputado estadual em Porto União

O colégio eleitoral de Porto União é inexpressivo pelo menos em 80 dos 295 municípios de Santa Catarina, mas capaz de, talvez um dia, possa propiciar uma votação expressiva para um candidato a deputado que esteja efetivamente ligado ao município.

Isso aconteceu numa circunstância que considero extraordinária no pleito de 1986 quando o falecido Alexandre Passos Puzyna obteve mais de 9 mil votos, mas na sua reeleição, em 1990, teve bem menos de 3 mil votos, com menos votos que um candidato que hoje concorre à reeleição ao Senado Federal. 

Só pra lembrar: Puzyna foi eleito deputado federal constituinte em 1986, conseguindo uma suplência em 1990. 

Na década de 50 do século passado, na condição de suplente, o saudoso jornalista Arí Milis (meu mestre), assumiu uma cadeira no parlamento estadual por alguns meses. Parece que anos antes, outro passou pela mesma situação. Acho que não tinha ainda nem nascido, apesar de meus bons anos de vida.

O problema é que Porto União, com um colégio eleitoral de 25 mil eleitores (…), não exerce nenhuma influência política sobre outras regiões, como Caçador, Canoinhas, Mafra e São Bento do Sul.

Mais ou menos uns 150 (ou até mais) candidatos terão votos de eleitores de Porto União na campanha de 2018. O que notamos é uma verdadeira ‘confusão’ de candidatos à Assembleia Legislativa.

Dois filhos de Porto União, são candidatos: o jovem advogado Fioravante Buch Neto e Paulo Henrique Hemm.

Buch tem como respaldo o nome Buch, pois é sobrinho do saudoso tri-prefeito Victor (Vitinho) Buch Filho.

Paulo Henrique Hemm (que nasceu em Santa Rosa) é coronel da reserva da Polícia Militar, de cuja instituição chegou ao posto máximo: comandante geral, nomeado ainda pelo ex-governador Raimundo Colombo. 

Tanto Buch quanto Hemm integram a coligação da chapa majoritária Gelson Merisio/João Paulo Kleinubing/Raimundo Colombo e Esperidião Amin.

Quem nossos principais “caciques” políticos de Porto União vão apoiar?

O prefeito Eliseu Mibach (PSDB) e seu grupo estão fechados com a reeleição do deputado Vicente Carropreso.

O vice-prefeito Pércy Storck (PSD), que já conta até com um grupo considerável, trabalha em favor da candidatura do coronel Paulo Henrique Hemm.

O ex-prefeito Anízio de Souza (PT) e seu grupo  defende a reeleição do deputado Neodi Saretta.

O ex-prefeito Renato Stasiak (MDB) e os vereadores Sandro Calikoski e Christian Martins, além de outros emedebistas, estão fechados com a reeleição do deputado Valdir Cobalchini.

O vereador Luiz Alberto Pasqualin, principal líder do PP, mesmo tendo declarado apoio total e irrestrito ao candidato Mauro Mariani, trabalha pela reeleição do deputado Silvio Dreweck.

Os deputados Moacir Sopelsa e Maurício Eskudlak também tem nomes importantes da política local trabalhando pela reeleição deles. Também o ex-prefeito Leoberto Weinert tem emedebista importante pedindo votos.

É, ou não é, caro internauta: uma verdadeira ‘confusão’ eleitoral.  A expectativa é que  os dois candidatos locais – Buch e Hemm – sejam os mais votados e consigam em outros municípios os votos necessários para ocuparem uma das 40 cadeiras do legislativa catarinense, dependendo evidentemente da legenda de suas coligações.

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