Votar no Bolsonaro é o passaporte para a volta do PT ao governo, diz Ackmin
“O Bolsonaro, se fosse para o segundo turno, será o passaporte para a volta do PT”, disse Alckmin, em entrevista coletiva a agências internacionais e correspondentes estrangeiros na sede do PSDB, em Brasília.
Na entrevista, o tucano reforçou que a estratégia de campanha da aliança, nos próximos 20 dias, é tentar mostrar ao eleitorado que há 2 “descaminhos muito ruins” para o país, um representado por Bolsonaro, quem disse não ter uma “clareza sobre propostas”, e o PT, que levou o país a um resultado de total desequilíbrio das contas públicas e a 13 milhões de desempregados.
Alckmin quis demonstrar, durante a entrevista, semelhanças entre Bolsonaro e o PT ao dizer que o candidato do PSL, que atualmente lidera as pesquisas de intenção de voto ao Planalto, tem o mesmo “DNA” petista, por fazer defesa das corporações.
“O próprio voto do Bolsonaro sempre foi muito próximo do PT”, afirmou o tucano, ao citar o fato de o adversário ter votado contra a criação do Plano Real, a quebra do monopólio de exploração do petróleo e contra a adoção do Cadastro Positivo.
Questionado sobre o fato de estar estagnado nas pesquisas de intenção de voto ao Palácio do Planalto, Alckmin disse que não vai mudar a estratégia de campanha na reta final para o primeiro turno e que tampouco haverá uma ação específica para um determinado Estado.
“Não tem nenhum Estado específico, ainda faltam alguns Estados do Nordeste, devo ir à Bahia”, disse ele, após relatar a agenda de viagens dos últimos dias.
O tucano disse que pesquisa eleitoral é um “retrato de momento”, que o processo de disputa por votos é dinâmico e repetiu que a definição do voto do eleitorado vai ocorrer próximo ao primeiro turno.
Alckmin não quis fazer qualquer prognóstico do PSDB fora do segundo turno ao ser questionado sobre se o partido poderia ficar neutro na segunda etapa, caso a disputa ocorresse entre o PT, representado por Fernando Haddad, e Jair Bolsonaro.
“O PSDB irá ao segundo turno”, disse.
Pesquisa CNT/MDA divulgada nesta segunda-feira colocou o tucano como o quarto candidato na disputa eleitoral, empatado tecnicamente com a candidata da Rede, Marina Silva.
O candidato disse que, se eleito, vai procurar fazer logo reformas para retirar o Brasil da rota de recessão e destacou que o PSDB tem “serviços prestados ao Brasil”.
“Vamos procurar e levar propostas, a situação é grave, o Brasil não pode errar de novo e tem pressa para recuperar a economia, emprego e renda”, disse. (Agência Reuters).