Senador Sergio Moro denuncia que sua imagem está sendo usada por estelionatários
O senador Sérgio Moro (União Brasil) denunciou que a sua imagem está sendo utilizada por estelionatários que querem aplicar o “golpe do Serasa”, por meio do qual pessoas repassam dados pessoais na esperança de repasses de créditos. De acordo com o senador, em um vídeo publicado na sexta-feira (7), nas redes sociais, a deepfake está sendo espalhada por “gente sem escrúpulos”.
“Fizeram um vídeo de inteligência artificial, usando a minha imagem, não é a minha fala, querendo aplicar um golpe em vocês. Eu sou senador da República, estou cuidando da representação do Paraná e do Brasil, lá no Congresso Nacional. Não acredite em nenhum vídeo que eu apareça vendendo alguma coisa ou oferecendo crédito. Essa história de Serasa, de fornecer dados, CPF para receber um crédito é golpe, é falso. Não caia nisso, pelo amor de Deus!”, afirmou.
O vídeo no qual golpistas utilizam a imagem de Moro está circulando em perfis falsos do Facebook. Nele, a imagem do ex-juiz da Lava Jato e uma reprodução da voz do senador diz que o Supremo Tribunal Federal (STF) multou o Serasa em mais de R$ 50 milhões por vazar dados de clientes. A deepfake do parlamentar então aconselha os usuários a colocarem as suas informações pessoais para conseguir obter os créditos falsos.
“O Serasa foi obrigado pelo STF a pagar uma multa de mais de R$ 50 milhões a todos os brasileiros por ter vazado milhares de dados. Essa indenização pode variar de dois a até R$ 30 mil para quem possui CPF brasileiro. Recomendo fortemente que confira o valor e já retire. Vou deixar o site oficial do Serasa no link abaixo para você conferir o valor disponível”, diz a deepfake com a imagem do senador.
O “site oficial” do Serasa que os golpistas recomendam, na verdade, é um link suspeito onde os usuários informam dados pessoais que podem ser utilizados em golpes. A empresa também é vítima. No vídeo publicado por Moro, o senador pede a condenação dos autores da inteligência artificial. “Essas pessoas precisam ser identificadas e ir para a cadeia’, disse.
(Com conteúdo do jornal ‘O Estado de São Paulo).