Santa Catarina pode passar por mais uma onda da direita-extrema

É possível que Santa Catarina passe por mais uma onda da direita e extrema-direita nos próximos anos, com forte interferência em seu processo eleitoral. Se os ares que vêm de Portugal, somados a alguns outros países da Europa, além da Argentina, Uruguai, e a possível vitória de Donald Trump nos Estados Unidos, chegarem com força no Brasil, veremos esses espectros políticos se reanimarem, com grande chance de ditar mais uma vez os acontecimentos políticos do estado.

Nas eleições municipais isso ainda não deve se tornar latente, até mesmo pelo fato de ser uma eleição mais voltada a questões locais, mas é um fato que em 2026, quando poderemos ter a direita e extrema-direita governando vários países, teremos um pleito muito mais voltado às provas de quem é mais de direita do que o outro, do que na apresentação de propostas para a vida real. Em suma, mais uma vez teremos um pleito ideologizado. Isso é bom? Claro que não, mas tem grandes chances de ser esse o prato que nos será servido.

Santa Catarina já recebeu agora mais do que no governo de Bolsonaro

É um fato que Santa Catarina já é um estado voltado à direita. Mas também é um fato que isso se acentua quando os conservadores ocupam espaços importantes na política internacional. Além disso, ter uma esquerda inerte que não sabe se comunicar também ajuda. A impressão que dá é que a esquerda ainda vê o mundo de forma analógica, enquanto seus adversários entenderam o novo mundo e aprenderam rapidamente a usar as ferramentas disponíveis a seu favor. Se alguém tem alguma dúvida disso, lá vai: em apenas um ano de governo Lula, Santa Catarina recebeu mais recursos para as rodovias do que em todo o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro. Além disso, o endividamento das famílias tem caído, PIB superando a previsão de crescimento, o mais baixo nível de desemprego desde 2014, entre outros dados que demonstram uma reação da economia. Mas, para uma boa parte da população catarinense, a informação que chega via redes sociais é a de que vivemos uma grande crise, e a esquerda nada faz para mostrar a realidade.

Agora, o que é importante compreender é que, dentro da própria direita catarinense, mais uma vez haverá divisão. Foi assim em 2022, quando os votos em candidatos da direita, de outros partidos, somados, superaram os recebidos pelo hoje governador Jorginho Mello (PL) no primeiro turno. Além disso, grande parte desse eleitorado se voltará não somente a um número de partido, mas a lideranças de várias legendas que se enquadram no perfil mais conservador, sobretudo bolsonarista. Nesse caso, além do PL, se enquadram nesse cenário o Progressistas e o PSD.

(Marcelo Lula/Marcelo Lula).

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