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Ainda lentamente, nível do Iguaçu está baixando, mas a falta de conhecimento continua

Lentamente, como desde que parou de chover na região da bacia hidrográfica, que estupidamente, a maioria dos que ocupam funções públicas importantes, continuam ignorando, que a enchente não é uma “exclusividade” de União da Vitória e Porto União, mas de toda uma região com milhares de quilômetros quadrados, que abrangem regiões do Paraná e de Santa Catarina.

Mesmo comportamento dos meios de comunicação, principalmente da Rede Paranaense de Televisão (RPC), que infelizmente não conhecem, ou não entendem que as águas das fortes chuvas em dezenas de municípios do Planalto Norte de Santa Catarina, formam dezenas – centenas de afluentes do Iguaçu – que chegam lentamente às cidades de Porto União (SC) e União da Vitória).

Também as cidades de São Bento do Sul, Rio Negrinho, Mafra (que tem como divisa o Rio Negro), Três Barras, Canoinhas, Irineópolis, inclusive o distrito de Santa Cruz do Timbó, ao lado do Rio Timbó, um dos fortes afluentes, como o Rio Negro, do Iguaçu, sofrem as consequências das intensas chuvas. E as águas de toda essa região tem um único caminho: o Rio Iguaçu.

E do lado paranaense, principalmente porque a nascente do Iguaçu é em Curitiba, o caminho das águas das chuvas é o Iguaçu, passando por dezenas de municípios das regiões metropolitana, central, centro-sul e sul do Estado, represando em Porto União/União da Vitória.

Na região de Santa Catarina, como em União da Vitória, continuam sofrendo os danos das chuvas, os municípios de Mafra, Três Barras e Canoinhas.

E, em Canoinhas, como aqui, o nível da inundação também está baixando lentamente. Canoinhas, em 1983, 1989, 2014 e agora em 2023, junto com  Três Barras, Mafra, Rio Negrinho e São Bento do Sul, também foram durante castigadas.

Ocorre que todas essas cidades, principalmente Canoinhas e Três Barras, tem o Rio Canoinhas e também o Rio Negro, que é a divisa dos dois estados e fortes afluente do Iguaçu.

E esses rios são grandes afluentes do Iguaçu. E quando, como agora, choveu em todos esses municípios catarinenses e paranaenses, as inundações nas cidades citadas são inevitáveis.

E como aconteceu e 1983, 1989 e 2014, as mais variadas sugestões para acabar com as  enchentes são apresentadas. Agora, algumas até “milagrosas” e uma grande audiência pública está sendo anunciada. 

Nas últimas três enchentes, membros de minha família foram atingidos, por isso entendo que medidas para, pelo menos amenizar, devem ser tomadas, mas por técnicos capacitados e não por alguns políticos ignorantes, que sequer  conhecem a realidade da gigantesca bacia hidrográfica do majestoso Rio Iguaçu.

Apenas amenizar, porque jamais nos livraremos das enchentes, a não ser que a ‘mãe-natureza’, como a milhões de anos atrás fez, com uma grande explosão, ou que algum ‘milagre’ de projeto bilionário surja, mas sem afetar o curso do rio, porque isso é impossível, inclusive para a nossa própria sobrevivência. 

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