As suposições sobre a ainda incerta cassação do mandato do senador Sergio Moro

Depois que o recado do ex-presidente Jair Bolsonaro sobre uma eventual eleição suplementar ao Senado Federal chegou ao Palácio Iguaçu, estrategistas palacianos começaram a desenhar o planejamento para cumprir a missão repassada pelo “Capitão”.

O assunto ainda é restrito alguns poucos com livre trânsito no gabinete do governador Ratinho Junior até para não haver indisposição com o senador Sergio Moro. Até porque ninguém duvida que mesmo num cenário adverso, de perda de mandato, o ex-juiz da Lava Jato ainda detém capital político significativo a ponto de influir numa eleição majoritária.

Apesar do assunto ainda ser tratado de forma reservada, uma fonte do Blog Politicamente garante que a estratégia já começou a ser pensada.  Bolsonaro foi claro: caso Moro tenha o mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e seja convocada eleição suplementar, os esforços serão para eleger Paulo Martins para a Câmara Alta.

Neste cenário, Bolsonaro e Ratinho Junior entrariam de cabeça, correriam os quatro cantos do Paraná, na missão de conduzir Paulo Martins ao Senado.

Estratégia — Os estrategistas não devem trazer grandes surpresas. Não será novidade para ninguém se a tentativa for uma polarização entre Paulo Martins com o candidato do PT — que muito provavelmente será a deputada federal e presidente nacional da legenda, Gleisi Hoffmann. Embora o ex-senador Roberto Requião já tenha feito chegar aos ouvidos de Gleisi que vai lutar dentro do PT para disputar esta vaga ao Senado.

Deve ser aplicada a velha máxima do “nós contra o PT” num estado que resiste as investidas petistas — embora uma possível melhora no quadro econômico do país possa amealhar novos seguidores. Alvaro Dias, que ficou por mais de 30 anos no Senado, seria um candidato natural também — e ficaria neste meio campo entre petistas e aliados do governador Ratinho.

Aliados — Dificuldades à vista: convencer os aliados a não disputar a eventual eleição suplementar. Ricardo Barros, que é secretário de Ratinho Junior, já declarou publicamente que pretende disputar o Senado — experiência já vivida em 2010, quando foi superado por Gleisi e Requião. O deputado estadual Luiz Cláudio Romanelli, que é líder do PSD de Ratinho na Assembleia Legislativa também já fez chegar este desejo no Palácio Iguaçu.

Outros candidatos com apetite eleitoral que estão na crista da onda poderiam até pensar neste caminho mais curto ao tapete azul do Senado, como o deputado federal e secretário de Saúde Beto Preto e o deputado estadual campeão de votos Alexandre Curi, que também tiveram os nomes cogitados, mas pela proximidade de ambos com Ratinho, o governador não deve ter dificuldade para oferecer outros caminhos em 2026.

(BLOG POLITICAMENTE).

 

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