Prefeitura de Clevelândia, no Sudoeste do Paraná, pode quebrar

A cidade paranaense vem enfrentando dificuldades na atual administração, a oposição critica a prefeita de Clevelândia, Rafaela Martins Losi (PSD) de má gestão do dinheiro público, ao ignorar as recomendações do Tribunal de Contas do Paraná (TC-PR) para readequações nos gastos com a folha do funcionalismo, para controlar os salários, hoje, a média dos últimos 12 meses, é de 51,14%, acima do limite prudencial de 49% indicado pela Lei de Responsabilidade Fiscal, criada no governo Fernando Henrique Cardoso há mais de 20 anos.

Com um orçamento de R$ 115 milhões em 2023, a saúde do município está abalada e para complicar ainda mais a combalida situação financeira do município a prefeitura entrou com um pedido de empréstimo de R$ 20 milhões junto a Caixa Econômica Federal, com um prazo de 20 anos para quitar a dívida, o que pode deixar a cidade nos próximos anos a beira da insolvência, o que poderá levar a cidade a aumentar impostos como o IPTU e o ITBI, sem falar do ICMS, para continuar sobrevivendo com aparelhos nas próximas duas décadas.

Para fazer esse papagaio, a prefeita Rafaela Martins Losi pediu ao presidente da Câmara Municipal de Clevelândia para convocar uma sessão extraordinária para dar entrada ao projeto de lei pedindo autorização para o empréstimo de R$ 20 milhões.

Com uma população estimada em 15.070, o assunto ganhou as ruas e o provável aumento dos impostos nos próximos anos com uma possível Lei de Reajuste Fiscal, mexeu com a imaginação dos moradores que estão pressionando pela derrubada da iniciativa da prefeitura e prometendo tomar a Câmara Municipal de Clevelândia para evitar o pior.

No primeiro mandato como prefeita, Rafael Martins Losi desde de 2021 vem mostrando problemas para compor a equipe, em dois anos e meio de mandato a confusa administração trocou sete vezes de chefe de gabinete, mudou cinco secretários da Saúde, sem contar o isolamento total do vice-prefeito José Luiz (PDT).

A oposição liderada pelo vereador Pedrinho Kleinibing (PDT) aponta as decisões equivocadas tomadas pela prefeita como resultado para os problemas financeiros da cidade, atropelando o diálogo com os vereadores e a população.

Outro fator que pegou em Clevelândia foi a destruição de obras realizadas, mas sem plano nenhum de reconstrução, o kartódromo municipal, o portal de entrada da cidade, o muro do estádio Max Stalschmidt.

O caos nas finanças aconteceu principalmente pelo inchamento da folha de pagamento, segundo a oposição, com a contratação de cargos comissionados e a distribuição desenfreada de funções gratificadas.

Sem contar com as agendas de eventos, “shows nacionais no Natal, no meio do ano e gastos excessivos sem um cuidado especifico com as contas do município como por exemplo pagamentos absurdos para inaugurar uma pedra fundamental do novo fórum há um ano que ainda não saiu do papel”, explica Pedrinho Kleinibing.

“Agora a situação está delicada pois o município não está conseguindo honrar com as contas, chegando a um alto índice de endividamento, estima-se que chegue em 4 milhões a curto prazo, as medidas tomadas foram paliativas, como retirar o vale alimentação que havia sido concedido para os servidores, mas a raiz dos gastos desenfreados não há nem sinais de ser cortada”, explica o vereador do PDT.

Até mesmo as emendas parlamentares não estão chegando a Clevelândia e os recursos que revolucionariam a cidade, segunda a prefeita Rafaela Martins Losi, até o momento bateram na trave, levando a população a ter dúvidas da habilidade de articulação da gestora.

A pergunta entre os moradores da cidade hoje é a seguinte: Clevelândia sobreviverá ao endividamento proposto por Rafaela Martins Losi?

(BLOG DO TUPAN).

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