Um registro fotográfico histórico da divisa das cidades irmãs no século passado

A foto é do arquivo do saudoso doutor Lauro Mulller Soares, que foi prefeito três vezes em Porto União, vice-prefeito em União da Vitória e deputado  estadual pela região Sul do Paraná.

Na foto, o internauta pode constatar como era uma das áreas centrais mais importantes das cidades de Porto União e de União da Vitória: o final da rua Matos Costa e o início da avenida Manoel Ribas.

No final da rua Matos Costa, a Livraria Cleto e passando os trilhos da estrada ferro, em União da Vitória, o prédio da família Cleto, que também foi livraria, tipografia e, finalmente uma loja, com o prédio sendo demolido e no espaço construído um moderno prédio agora ocupado pela Loja Bahia.

Ainda na Manoel Ribas, naquele ano, que deve ser da década 40, ou 50 do século 20, o prédio da Farmácia Vitória, o que serviu para as Casas Pernambucanas, ao lado o da família Domit e na esquina com a tua Carlos Cavalcanti o casarão da família Nimann, que tinha como um de seus integrantes o sempre ‘Rei Momo’, quando ainda eram realizados os desfiles carnavalescos de rua em nossas cidades.

Me perdoem se não lembro mais direito o nome do simpático libanês, mas recordo que no casarão de madeira, bem na esquina do grande edifício da Loja Olga, fui várias vezes entrevistar, para o rádio, o ‘Rei Momo’,        que me presenteava sempre com um pacote de deliciosos doces, que só os libaneses sabem fazer.

Ao contrário dos dias atuais, na parte principal das nossas duas principais ruas, na foto, além dos prédios, vemos quatro pessoas e uma carroça. Agora pelas duas ruas transitam diariamente centenas e centenas de veículos (ou milhares…) e um número bem maior de pessoas.

Os da minha geração e anteriores ainda lembram bem como era a cidade de Porto União/União da Vitória, acho que uns 25 ou 30 anos após a divisão de limites dos dois estados em outubro de 1916.

A metamorfose urbana, vendo a foto, chega a ser ‘assustadora’. Mas isso aconteceu com todas as cidades que chegamos a conhecer.

Mas alguns prédios estão sendo preservados, com destaque para a Estação Ferroviária “União”, símbolo da unidade de nossa sociedade humana, histórica e cultural.

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