Vacinas são a principal forma de proteção durante o inverno

Uma das principais formas de combater doenças é a vacinação, seja em períodos de enfrentamento de epidemias, seja durante a rotina do dia a dia. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que 2 a 3 milhões de mortes são evitadas ao ano em todo o mundo devido à vacinação. Porém, nem sempre a informação correta consegue ultrapassar a barreira da desinformação e muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre os tipos de vacinas e quando é o momento ideal de tomá-las.

Para a enfermeira especialista em vacinação da Clínica Vacinne, Kátia Oliveira, as vacinas são fundamentais para manter o nosso sistema imunológico preparado para combater vírus e bactérias que desencadeiam infecções e doenças perigosas e muitas vezes terminais. “A composição das vacinas são feitas de forma a combater um determinado vírus ou bactérias, podendo ser nas versões inativas ou altamente enfraquecidas destes vírus ou bactérias. Desta maneira o organismo produz anticorpos contra o invasor, criando assim uma memória imunológica que protege o nosso corpo”, explica.

Calendário vacinal

Vacinas são uma medida de proteção coletiva e saúde social, não apenas uma questão individual, sendo assim é importante que toda a população tenha consciência sobre a importância da manutenção do calendário vacinal. “Se uma pessoa não toma a vacina, ela pode transmitir a doença para diversos outros indivíduos saudáveis, afetando toda a população. Já uma pessoa vacinada não irá desenvolver a doença, ou desenvolver de uma forma mais fraca, e pode quebrar o ciclo de contágio. Sendo assim, independente da época do ano, é fundamental estar atento ao calendário de vacinação individual, pois cada pessoa tem um processo de vacinação”, explica Kátia.

A especialista também conta que existem as vacinas de rotina e as vacinas de campanha, sendo importante entender a diferença entre elas para que ocorra a correta imunização. “Vacinas de rotina são indicadas por faixa etária e público, como, por exemplo, a rotina de vacinação de crianças desde o nascimento até os 5 anos. Já as vacinas de campanha são pontuais e visam a imunização contra doenças específicas, num período determinado, com objetivo de combater doenças que podem trazer problemas graves a um tipo de público, como poliomielite para crianças e a vacinação contra gripe para idosos”, conta a especialista.

Chegada do inverno

Com a chegada do inverno é importante estar atento à aplicação de vacinas que protegem contra vírus e bactérias característicos deste período, já que nesta época do ano é mais comum a ocorrência de doenças respiratórias como alergias, resfriados, gripes, meningite e pneumonia. “Durante o inverno, a tendência é que haja uma propagação maior de doenças virais e bacterianas devido ao frio, pelas aglomerações em espaços fechados e a falta de medidas básicas de higiene, como lavar as mãos, manter ambientes arejados e evitar compartilhar talheres e copos. Durante essa época é fundamental a aplicação das vacinas, que são a forma mais eficaz de prevenção”, explica Kátia.

Vacinas que devem ser tomadas no inverno:

• Influenza (gripe)

Doença altamente contagiosa, causada por um vírus comum que pode afetar a todos independente da idade e causar complicações. Segundo a OMS a cada ano, a gripe é responsável por mais de 500.000 mortes ao redor do mundo devido às suas complicações como a pneumonia. A vacinação quadrivalente previne contra quatro tipos de vírus da gripe. Pode ser aplicada em qualquer pessoa a partir dos 6 meses.

• Pneumocócica 13

Diferente da gripe, que é uma doença aguda causada por vírus que acomete as vias aéreas superiores, a pneumonia, se caracteriza pela infecção do trato respiratório, podendo se espalhar para o sangue e se alojar nos pulmões. Apesar de serem doenças diferentes, a pneumonia é a complicação mais frequente da gripe.
Pessoas com o sistema imune debilitado, tabagismo, doenças crônicas, respiratórias, cardíacas, doenças associadas ao diabetes e idosos têm mais riscos de contrair pneumonia.

• Meningite ACWY e Meningite B

A doença meningocócica, causada pela bactéria Neisseria meningitidis, manifesta-se mais frequentemente como meningite ou sepse. Tem caráter rapidamente progressivo como potencial de sequelas e letalidade.

(HojePR).

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