STF pode iniciar ação da Lava Jato que pode levar Fernando Collor à prisão, que em 1989 esteve em Bituruna
FERNANDO COLLOR FOI CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA EM 1989, PRIMEIRO PLEITO DIRETO COM O FIM DO REGIME MILITAR DE 1964, COM VÁRIOS CANDIDATOS, ACABOU NO SEGUNDO TURNO COM LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA, CONQUISTANDO VOTAÇÃO EXPRESSIVA NA REGIÃO DE UNIÃO DA VITÓRIA, PRINCIPALMENTE EM BITURUNA, EM CUJO MUNICÍPIO, ENTÃO POR INFLUÊNCIA DO PREFEITO VALDIR ROSSONI E DO DEPUTADO FEDERAL (FALECIDO) JOSÉ CARLOS MARTINEZ, PARTICIPOU DE UM GRANDE COMÍCIO, COM MAIS DE CINCO MIL PESSOAS.
COMO SE TRATAVA DE UM EVENTO POLÍTICO DE GRANDE RELEVÂNCIA E INÉDITO EM BITURUNA E NA REGIÃO E PORQUE ERA O PRIMEIRO COMÍCIO COM UM CANDIDATO À PRESIDÊNCIA APÓS O TÉRMINO DO PERÍODO DO REGIME MILITAR, O AUTOR DO SITE SE DESLOCOU À CIDADE COM MÁQUINA FOTOGRÁFICA, GRAVADOR, BLOCO DE PAPEL…, MAS SURPREENDENTEMENTE, O PREFEITO E O DEPUTADO O CONVENCERAM A APRESENTAR O COMÍCIO.
FOI UMA EXPERIÊNCIA INCOMUM NA MINHA VIDA PROFISSIONAL. ANTES DE COLLOR, QUE PARECIA UM ROBO, MAS COM UM DISCURSO FORTE, DESTACANDO A LINHA QUE HAVIA DEFINIDO PARA SUA CAMPANHA, QUE ERA ‘A CAÇA AOS MARAJÁS’ LEVEI UM EMPURRÃO DE UM SEGURANÇA DO CANDIDATO. DEPOIS DESCOBRI QUE ERA SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DE ALAGOAS.
FOI ESTRANHO ESTAR AO LADO DE UM CANDIDATO A PRESIDENTE QUE ACABOU VENCENDO O PLEITO, MAS NÃO PERMANECEU MUITO TEMPO NO PODER. PASSADOS TANTOS ANOS, NINGUÉM – NEM EU – QUE ASSISTIRAM O GRANDE COMÍCIO, IMAGINARIAM QUE AQUELE CANDIDATO QUE FOI ELEITO, SERIA DEFESTRADO DO PODER E AGORA SENDO JULGADO PELO STF E QUE TALVEZ SEJA ATÉ CONDENADO À PRISÃO.
“O Supremo Tribunal Federal (STF) tem previsão de iniciar nesta quarta-feira (10) a última fase de uma ação penal da Operação Lava Jato relacionada ao ex-senador e ex-presidente Fernando Collor, suspeito de lavagem de dinheiro e corrupção passiva em caso envolvendo uma subsidiária da Petrobras. Réu desde 2017, Collor pode ser condenado à prisão.
De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), um montante de R$ 29,9 milhões foi destinado ao grupo empresarial de Collor em forma de propina. O dinheiro veio, conforme a acusação, por meio de um acordo com a BR Distribuidora para que bandeiras de postos de gasolina fossem mudadas durante o período de quatro anos (2010 a 2014).
Em 2019, a então procuradora-geral da República, Raquel Dodge, apresentou alegações finais e pediu a condenação de Collor a 22 anos e oito meses de prisão.
O então senador foi um dos primeiros investigados no STF em um inquérito da Lava Jato. O processo envolvendo Collor será analisado após a ação que visa anular o indulto concedido pelo ex-presidente Bolsonaro a Daniel Silveira. O relator da ação penal que tramita no STF desde 2014 é o ministro Edson Fachin.
Fachin negou um pedido da defesa de Collor para que o processo fosse analisado em primeira instância na semana passada, algo que poderia atrasar ainda mais a ação, uma vez que o ministro já havia pedido celeridade e apontado para a chance de prescrição. O ex-presidente alega inocência e pede que o processo saia da esfera do Supremo, já que ele não é mais senador e, assim, não teria mais o chamado o foro privilegiado. O deslocamento, no entanto, poderia levar o caso à prescrição”.
(Com informações parciais do Congresso em Foco).