“O Brasil está pronto para se juntar nos esforços para a construção de um planeta mais saudável e um mundo mais justo”, disse Lula na COP 27

O presidente eleito Lula (PT) discursou nesta quarta-feira (16) na COP 27, conferência internacional climática da Organização das Nações Unidas (ONU), realizada no Egito. Lula reafirmou seu “inabalável compromisso” com a construção de um mundo “mais justo, mais humano e mais solidário”.

“O Brasil está pronto para se juntar novamente aos esforços para a construção de um planeta mais saudável e um mundo mais justo”, afirmou o petista. “O Brasil está de volta para reatar laços com o mundo, para cooperar com países mais pobres, estreitar relações com nossos irmãos latino-americanos e caribenhos”, completou.

O presidente eleito destacou que “não há segurança climática para o mundo sem uma Amazônia protegida” e se comprometeu em zerar o desmatamento e a degradação dos biomas brasileiros até 2030. Lula também propôs a criação de uma aliança mundial pela segurança alimentar para combater a fome e a desigualdade social.

Segundo Lula, o combate às mudanças climáticas terá destaque na estrutura do seu próximo governo, que começa no dia 1º de janeiro de 2023. “Vamos punir com todo rigor o responsável por qualquer atividade ilegal, seja garimpo, extração de madeira… Esses crimes afetam sobretudo os povos indígenas”, ressaltou. 

O presidente eleito destacou dados sobre o desmatamento na Amazônia e afirmou que “essa devastação ficará no passado”. “A produção agrícola sem equilíbrio ambiental deve ser considerada uma ação do passado. Não precisamos desmatar sequer um metro de floresta para continuarmos a ser um dos maiores produtores de alimento do mundo”, ressaltou Lula.

Lula afirmou que seu governo apresentará formalmente as iniciativas de realizar a Cúpula dos Países Membros do Tratado de Cooperação Amazônica e de sediar a realização da COP 30, em 2025, em algum estado amazônico.

O presidente eleito também afirmou que cobrará da ONU promessas feitas anteriormente, como na COP 15, realizada em 2009 na Dinamarca, em que países ricos se comprometeram a criar um fundo de combate as mudanças climáticas a partir de 2020.

“Eu não voltei para fazer o mesmo que eu já tinha feito. Eu voltei para fazer mais. Por isso esperem um Lula muito mais cobrador, para que a gente possa fazer um mundo efetivamente mais justo e humanamente melhor”, concluiu.

Mais cedo, Lula recebeu uma carta de compromissos e propostas para a transição climática da Amazônia elaborada pelos nove governadores que compõem o consórcio da Amazônia Legal e lida pelo governador do Pará, Helder Barbalho (MDB).

(CONGRESSO EM FOCO).

 

 

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