Cida (PP), Ratinho Junior (PSD) e Osmar (PDT) ainda sem candidatos a vice e Beto Richa pode ser candidato avulso
A menos de uma semana do prazo final, os partidos chegam às convenções estaduais ainda imersos em dúvidas sobre chapas e alianças para a disputa eleitoral de 2018 no Estado.
A indefinição inclui, por exemplo, o rumo do PSDB do ex-governador e pré-candidato ao Senado, Beto Richa, que se reúne na quarta-feira ainda sem saber se apoiará ou não algum dos candidatos à sucessão do tucano no Palácio Iguaçu.
E envolvem ainda as alianças e chapas dos três principais concorrentes ao governo: a governadora e candidata à reeleição, Cida Borghetti (PP), o ex-senador Osmar Dias (PDT) e o deputado estadual Ratinho Júnior (PSD). Nenhum dos três, por exemplo, definiu ainda quem serão seus candidatos a vice, apesar do prazo legal se encerrar no próximo domingo.
Richa tende a ser candidato avulso ao Senado, sem aliança com nenhum dos candidatos ao governo. Apesar da ameaça de levar consigo o PSB e o DEM – que haviam assumido compromisso de apoiar Cida Borghetti, o grupo da governadora não deu sinais de recuar na decisão de reatar a aliança com o tucano, desde que o marido dela, o ex-ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP), anunciou, na semana passada, que as negociações com PSDB do ex-governador estavam rompidas.
No sábado, Richa participou da convenção do PMN do prefeito de Curitiba, Rafael Greca, que formalizou o apoio à reeleição da governadora, mas nem o tucano nem Cida sinalizaram qualquer acordo para retomar a parceria.
O estopim do afastamento foi a exigência de Richa de que o grupo da governadora “rifasse” a candidatura do deputado federal Alex Canziani (PTB) ao Senado, colocando como único nome da coligação para concorrer a senador. Questionada sobre o assunto em encontro com empresários na sexta-feira, Cida limitou-se a afirmar que a decisão será tomada na convenção do PP no próximo sábado.
Já Ratinho Jr rebateu a alegação de Ricardo Barros de que ele faria um “acordo branco” com Richa, deixando de lançar um nome competitivo ao Senado. “Ele (Barros) é bem profissional nesse sentido, de criar essas narrativas, para criar um pano de fundo ou criar uma bola de fumaça. Nós temos até dia 5 de agosto para tomar uma decisão de lançar candidatos ao Senado”, afirmou. Segundo ele, os partidos aliados – PSD, PSC, Avante, PV, PHS, PR e PRB – não querem o PSDB na chapa.
O grupo de Ratinho Jr tinha como pré-candidatos ao Senado os deputados federais Hidekazu Takayama e Christiane Yared, além do deputado estadual Ney Leprevost (PSD), e manteve ainda conversas com o deputado federal Fernando Francischini. Takayama e Leprevost já desistiram para disputar a eleição para a Câmara Federal. Yared também disputará a reeleição.
Legislativo – A indefinição também ronda a pré-candidatura do ex-senador Osmar Dias, cujo PDT faz convenção no sábado. A principal dúvida é sobre se o partido fará ou não aliança com o MDB do senador e candidato à reeleição, Roberto Requião. Para apoiar Osmar, a legenda reivindica a indicação do candidato a vice, além de coligação na chapa proporcional. Os pré-candidatos do PDT, porém, temem que uma aliança com os emedebistas prejudique as chances do partido na eleição para Câmara Federal e Assembleia Legislativa.
“A coligação proporcional é sim um problema visto pelos pré-candidatos a deputados do nosso partido e o próprio presidente nacional do partido vê isso”, confirmou o ex-senador. Para a vice, o MDB indicou o ex-secretário da Segurança do governo Requião, Luiz Fernando Delazari. (Ivan Santos/Bem Paraná).