Surto de síndrome respiratória faz procura por vacina contra gripe crescer em todo o país

O aumento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em diversas unidades da federação brasileira acendeu um sinal de alerta em meio aos tempos de relativa tranquilidade sanitária no Paraná. Nas clínicas particulares, por exemplo, houve aumento nas últimas semanas na procura por testes para Covid-19 e influenza, ao mesmo tempo em que a demanda por vacinas contra a gripe subiu. Já no âmbito da saúde pública, ontem a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) emitiu um alerta para a importância da retomada da vacinação contra a doença pandêmica.

No caso da vacinação contra a Covid, o alerta da Sesa vem após uma redução de 95% no número de vacinas aplicadas contra a enfermidade num intervalo de um ano. Em outubro de 2021, ainda na esteira da grande procura pelo imunizante, foram registradas 2.479.269 doses. Já em outubro deste ano, apenas 121.779. Os números são da Rede Nacional de Dados de Saúde (RNDS), disponíveis no Vacinômetro Nacional.

Desde o início da imunização contra o novo coronavírus, um total de 27.876.265 doses de vacinas foram aplicadas no Paraná, sendo 10.179.981 primeiras doses (D1), 9.378.983 segundas doses (D2), 338.346 doses únicas (DU), 6.115.097 primeiras doses de reforço (REF), 1.414.520 segundas doses de reforço (R2) e 449.338 doses adicionais (DA).

Hora de tomar (ou reforçar) a vacina contra a gripe

Além da doença pandêmica, a chegada da primavera também faz aumentar a preocupação com os casos de gripe/influenza. Nas últimas semanas, por exemplo, a Clínica Vacinne registrou um aumento de 20% na procura por exames diagnósticos.

“Há uns três meses a procura [por diagnóstico] era mínima, mais pessoal que ia viajar e precisa do laudo pra Covid. Agora é muito paciente sintomático procurando, principalmente exames de influenza”, afirma Kátia Oliveira, enfermeira especialista em vacinação da Clínica Vacinne, citando que na esteira do aumento de casos está havendo também uma maior demanda por vacinas.

“A gente está fazendo uma campanha especial para o final do ano, que é esperado aumento dos casos de gripe por causa da mudança de estação, e lançamos uma campanha de verão para incentivar a imunização. A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) preconiza que quem tomou a vacina no SUS, a trivalente, seis meses depois pode tomar a tetravalente”, comenta a enfermeira, explicando ainda que quem tomar a vacina tetravalente reforça a imunização e garante proteção contra mais uma cepa, a Darwin da H3n2, responsável pelo surto de gripe no começo do ano no país.

Paraná tem a maior cobertura vacinal do país

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados no final do mês passado na 30ª edição do Brasil em Números (publicação anual com informações e análises de múltiplos aspectos da realidade brasileira), revelam que o Paraná foi, no ano de 2021, a unidade da federação que alcançou a maior cobertura vacinal do país, considerando as vacinas BCG (contra tuberculose), contra a hepatite B, poliomielite, a tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) e tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela).

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