Beto Richa e Ricardo Barros “enrolados” com denúncias de receberem dinheiro desviado na Operação Quadro Negro
Três candidatos ao Senado e o marido e coordenador da campanha de Cida Borghetti, estão no mesmo balaio de denunciados de receber dinheiro desviado da construção de escolas, apurado na Operação Quadro Negro. E não foi pouco dinheiro:
O ex-governador e candidato ao Senado Beto Richa repassou pelo menos R$ 4,3 milhões em caixa dois para três candidatos a deputado federal na eleição de 2014: Fernando Francischini (hoje no PSL e na época candidato pelo Solidariedade), Ricardo Barros (PP) e Alex Canziani (PTB). Os três integravam a coligação que elegeu Beto governador.
Quem revela é o jornalista Guilherme Voitch em em seu blog na revista Veja. Trata-se de um novo trecho da delação do engenheiro Maurício Fanini, ex-diretor da Educação, em que ele afirma que o ex-governador Beto Richa (PSDB) repassou pelo menos R$ 4,3 milhões em caixa dois para três candidatos a deputado federal na eleição de 2014: Fernando Francischini (hoje no PSL e na época candidato pelo Solidariedade), Ricardo Barros (PP) e Alex Canziani (PTB). Os três integravam a coligação que elegeu Beto governador. Fanini está preso desde setembro do ano passado e é personagem central da operação Quadro Negro, que investiga fraudes em licitações para a construção de escolas no Paraná.
Segundo Fanini, a conversa ocorreu em uma reunião de trabalho, em um sábado, na casa de Richa. “Ele me mostra, veja aqui o papel, indignado: ‘Ó, R$ 800 mil tive que arrumar aqui para o Francischini, Solidariedade. R$ 2 milhões aqui pro Ricardo Barros, ele me mostra assim. Os nomes que eu lembro na época. R$ 1,5 milhão pro Canziani, para ter o PTB. Então veja como é a política. Política é assim. Tem que arrumar dinheiro. E tudo dinheiro vivo’. Então ele fala do Canziani, do Ricardo Barros e do Francischini.”
Fanini é então questionado pelo promotor se aquilo se tratava de compra de apoio político. O engenheiro responde que sim: “Compra de apoio político em Caixa 2. Caixa 2. Tudo em dinheiro vivo. Não era nada em caixa 1.” (Contraponto/ Gazeta do Povo).