Procurador Geral de Justiça de Santa Catarina afirma que ‘Polícia vai agir de forma mais incisiva’
“O papel do Ministério Público nessa crise é fiscalizar o cumprimento das ordens judiciais determinadas pelo STF e pela Justiça catarinense, velando pela correta desocupação das rodovias de uma forma pacífica, mas também ordenada. Para isso se faz necessário o uso progressivo de instrumentos de coerção. Hoje a PM e a PRF lograram êxito em desocupar inúmeros pontos. Só que partir de agora, onde há certa resistência, a PM e a PRF vão agir de maneira mais incisiva”, explicou o PGJ ao fim da reunião.
Comin reforçou que é preciso compatibilizar o direito de manifestação com o interesse público. “Todos têm o direito a livre manifestação desde que exercida de maneira legal, pacífica, sem prejudicar o transporte de insumos hospitalares, alimentos, a economia, enfim, o interesse das pessoas.”
O Comandante da PM garantiu que começou o dia cumprindo a ordem judicial de reintegração de posse. “Iniciamos o dia com as tratativas com os manifestantes para a liberação voluntária. Esse trabalho é o primeiro passo para o uso progressivo da força. A negociação e convencimento teve resultado muito positivo. Vários pontos já foram liberados. Queremos de forma consensual liberar os trechos das rodovias para que as manifestações sejam feitas dentro da legalidade. Mas se for necessário o uso da força iremos utilizar, espero que não precise”, disse o coronel Pontes.
O Procurador-Chefe do Ministério Público Federal em Santa Catarina, Daniel Ricken, comentou que o MPF está acompanhando junto com o MPSC todo o trabalho das forças de segurança, de modo a supervisionar e auxiliar todo esse conjunto que demanda muita sensibilidade, estratégia e capacidade técnica para desmobilizar essas manifestações que ao bloquearem as estradas prejudicam a economia, a saúde, a educação, de um modo geral todo o Estado de Santa Catarina.
Ricken alertou para a importância das pessoas prestarem atenção nas falsas informações que circulam nas redes sociais. “Muitas pessoas estão tomando decisões equivocadas baseadas em informações falsas. Se temos a liberdade de expressão, também temos que ter a consciência e a responsabilidade de verificarmos as informações.”
(COM INFORMAÇÕES).