Procurador Geral de Justiça de Santa Catarina afirma que ‘Polícia vai agir de forma mais incisiva’

O PGJ, Fernando da Silva Comin, reuniu na noite de terça-feira (1/11) o Gabinete Gestor de Crise da Instituição com o Procurador-Chefe do Ministério Público Federal em Santa Catarina, Daniel Ricken, e com o comandante da Polícia Militar, coronel Pontes, para avaliar as estratégias adotadas para conter as paralisações.
O Procurador-Geral de Justiça, Fernando da Silva Comin, instaurou, nesta terça-feira (1/11), um procedimento administrativa (PA) para acompanhar o cumprimento das ordens judiciais, proferidas em âmbito estadual e federal, para a desobstrução das rodovias estaduais e federais bloqueadas por manifestantes contrários ao resultado das eleições de domingo. O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) vem trabalhando, de forma articulada, com os demais órgãos envolvidos na solução da crise desde o seu início.
Ainda na noite desta terça-feira (1/11), os integrantes do Gabinete Gestor de Crise da Instituição, que incluem todos os coordenadores regionais dos GAECOs, se reuniram com o Procurador-Chefe do Ministério Público Federal em Santa Catarina, Daniel Ricken, e com o comandante da Polícia Militar, coronel Pontes, para avaliar as estratégias adotadas para conter as paralisações.O Chefe do MPSC demonstrou preocupação com a avanço dos pontos de bloqueios ao longo do dia mesmo após o pronunciamento do Presidente da República.  “A manifestação do Presidente contribuiu bem pouco para a solução do problema”, disse Comin, que pela manhã colocou as estruturas dos GAECOs à disposição das forças de segurança do Estado para auxiliar na investigação dos responsáveis pela obstrução da rodovias catarinenses.

“O papel do Ministério Público nessa crise é fiscalizar o cumprimento das ordens judiciais determinadas pelo STF e pela Justiça catarinense, velando pela correta desocupação das rodovias de uma forma pacífica, mas também ordenada. Para isso se faz necessário o uso progressivo de instrumentos de coerção. Hoje a PM e a PRF lograram êxito em desocupar inúmeros pontos. Só que partir de agora, onde há certa resistência, a PM e a PRF vão agir de maneira mais incisiva”, explicou o PGJ ao fim da reunião.

Comin reforçou que é preciso compatibilizar o direito de manifestação com o interesse público. “Todos têm o direito a livre manifestação desde que exercida de maneira legal, pacífica, sem prejudicar o transporte de insumos hospitalares, alimentos, a economia, enfim, o interesse das pessoas.”

O Comandante da PM garantiu que começou o dia cumprindo a ordem judicial de reintegração de posse. “Iniciamos o dia com as tratativas com os manifestantes para a liberação voluntária. Esse trabalho é o primeiro passo para o uso progressivo da força. A negociação e convencimento teve resultado muito positivo. Vários pontos já foram liberados. Queremos de forma consensual liberar os trechos das rodovias para que as manifestações sejam feitas dentro da legalidade. Mas se for necessário o uso da força iremos utilizar, espero que não precise”, disse o coronel Pontes.

O Procurador-Chefe do Ministério Público Federal em Santa Catarina, Daniel Ricken, comentou que o MPF está acompanhando junto com o MPSC todo o trabalho das forças de segurança, de modo a supervisionar e auxiliar todo esse conjunto que demanda muita sensibilidade, estratégia e capacidade técnica para desmobilizar essas manifestações que ao bloquearem as estradas prejudicam a economia, a saúde, a educação, de um modo geral todo o Estado de Santa Catarina.

Ricken alertou para a importância das pessoas prestarem atenção nas falsas informações que circulam nas redes sociais. “Muitas pessoas estão tomando decisões equivocadas baseadas em informações falsas. Se temos a liberdade de expressão, também temos que ter a consciência e a responsabilidade de verificarmos as informações.”

(COM INFORMAÇÕES).

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