O segundo turno e os desafios de Jorginho Mello e Décio Lima

(——MOACIR PREIRA——)

O senador Jorginho Mello, do PL, e o ex-deputado Décio Lima, do PT, vão disputar o governo de Santa Catarina no próximo dia 30 de outubro.  A partir desta segunda-feira (3), ambos começam a fazer contatos com os partidos e coligações que ficaram fora em busca de projetos comuns e, sobretudo, dos votos.

As eleições de primeiro turno indicam algumas possibilidades. Em primeiro lugar, é preciso salientar que Lula não conseguiu colocar sua votação na de Décio Lima. Em 2018, o candidato petista obteve 12,78% dos votos e agora acrescentou mais eleitores, totalizando 17,41%. É o primeiro alicerce de sua caminhada ao segundo turno.

Quando Fernando Haddad disputou a presidência, ficou com apenas 15,13% da votação em Santa Catarina, contra 29,53% de Lula este ano. Enquanto isso, 65,82% dos votos foram atribuídos há quatro anos a Jair Bolsonaro. No último domingo, Bolsonaro perdeu alguns pontos, com os 62,22% obtidos domingo.  Isto significa que a Frente de Esquerdas tem aí um espaço de 12% a conquistar.

O senador Jorginho Mello tem, em princípio, alguns cenários favoráveis. Em tese, a tendência do senador Esperidião Amin é de apoiar Jorginho Mello. Ambos defenderam Bolsonaro durante toda a campanha de primeiro turno.

Gean Loureiro pode seguir o mesmo caminho, eis que seu coordenador de campanha, o prefeito João Rodrigues, um dos principais bolsonaristas de Santa Catarina. O Partido Novo certamente não estará com o PT e Décio Lima, por suas bandeiras e as posições do promotor Odair Tramontin. E, finalmente, o Republicanos, de Carlos Moisés, é um dos aliados nacionais de Bolsonaro.

Negociações e articulações poderão pavimentar os caminhos de ambos os candidatos.

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