Rodovias estaduais em Santa Catarina: Licitações fracassadas ou desertas

(…….MOACIR PEREIRA…..)

Um estudo realizado pelo engenheiro Ricardo Saporiti, que vem coordenando há vários anos os levantamentos periódicos sobre a situação das rodovias federais e estaduais em Santa Catarina, questiona a alegação do secretário Infraestrutura, Thiago Vieira, de que muitas licitações deram desertas por “realidade do mercado e índice inflacionário.”

Pesquisando o “Portal de Licitações” do governo de Santa Catarina, o engenheiro constatou que 22 processos licitatórios publicados em fevereiro, com abertura das propostas marcadas para agosto de 2022. Estas concorrências eram para execuções de implantações; pavimentações; aumento de capacidade e restaurações de pavimentos rodoviários, como também para manutenções de revestimentos asfálticos, numa extensão total aproximada de 547 quilômetros, num custo básico estimado deR$1,6 bilhão.”              Relata:  “Surpreendeu-me que desses processos licitatórios em tramitação, já foram dados oficialmente como DESERTOS e FRACASSADOS quinze deles, totalizando 317 km, com custo estimado de aproximadamente 1 bilhão de reais, portanto 62,5 % das expectativas do Estado.  Isto, sem dúvida, irá provocar grandes frustrações nas respectivas regiões contempladas.”

Entre as estradas prejudicadas destacou várias em diferentes regiões do Estado: Urussanga (SC-108); Seara, Concórdia, Arabutã (SC-283); Abdon Batista (SC-456); Macieira (SC-464); Urubici (SC-370); Anitápolis (SC-108); Arroio do Silva (SC-477); São Martinho (SC- 436); Ipumirim (SC-154); Rio das Antas (Contorno); Campo Erê (SC-157); Serra Dona Francisca (SC- 418) e Rodovias da Regional do Vale do Itajaí.

O secretário tem alegado e reiterado que o atual governo recebeu a pasta em projetos. Levou três anos para contratar os projetos, mas os valores incluídos nas licitações acabam frustrando as empresas. E, sobretudo, as comunidades que serão prejudicadas pela deserção. (Moacir Pereira).

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