A eleição da salada ideológica e partidária de Santa Catarina

—— Moacir Pereira —–

 

Encerrado o período das convenções partidárias para escolha dos candidatos ao Governo, Senado, Câmara Federal e Assembleia Legislativa, a primeira constatação feita está no relativo desencanto dos eleitores com as nominatas oficializadas.

Não há precedentes na história politica catarinense este inédito fenômeno de esvaziamento dos partidos políticos, de surpreendente salada ideológica e de estonteantes mudanças no cenário partidário.

A começar pela influência do plano nacional, onde os grandes adversários – até inimigos em algumas eleições – perderam a vergonha e a compostura, esqueceram os terríveis xingamentos e gravíssimas acusações de passado recente, transformando-se aliados.  E, claro, nem sempre para proteção da cidadania e do interesse público.

Em Santa Catarina, esta miscelânia ideológica foi ainda mais profundas, considerando-se as disputas de 2018 e o que está posto agora para seleção do eleitorado.

A opinião pública tonteou com tantas surpresas e bruscas mudanças pessoais, partidárias e ideológicas, o que poderá conduzir os debates e a propaganda eleitoral para um nível mais elevado.

Os maiores rivais e contendores de ontem viraram os principais aliados de 2022,numa reviravolta sem precedentes.   Fato politico que conduz a uma indagação: como o eleitorado vai reagir a esta situação?

Os primeiros sinais surgirão somente a partir de 16 de agosto, quando começa a propaganda eleitoral e o horário nas emissoras de rádio e televisão. Eles é que darão o tom da campanha.

O desencanto dos eleitores, contudo, é a nova realidade.

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