Abandono escolar dobra na rede pública em 2021, aponta INEP

Metade dos estudantes da rede pública de ensino abandonou a escola no ano passado, de acordo com o Censo Escolar da Educação Básica 2021 divulgado pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) na noite desta quinta-feira (19).

Na segunda etapa do Censo, o Inep apresentou informações sobre o rendimento dos alunos, a quantidade do número de aprovados ou reprovados e informações sobre abandono escolar. Os números mostram um aumento da reprovação de estudantes e que o abandono mais que dobrou no ensino médio na rede pública em comparação ao ano de 2020.

Em 2021, a média da taxa de abandono do ensino médio na rede pública foi de 5%, ante 2,3% em 2020. Na região Norte do país, 9,7% dos alunos deixaram a escola no ano passado, um contraste em relação aos dados dos estudantes matriculados em escolas particulares, que não registraram abandono.

O Censo também mostrou que houve um aumento na taxa de reprovação entre os estudantes se comparado ao ano anterior. De acordo com o Inep, em 2020, como uma das medidas de enfrentamento da pandemia de Covid-19, as escolas adotaram o “contínuo curricular”, uma medida de adequação curricular para evitar a retenção e abandono, o que resultou no aumento de aprovações na rede pública. No ano de 2021, as taxas de aprovação caíram, mas ainda estão em um patamar superior ao de 2019.

No ensino fundamental, em 2020, a taxa de aprovação nos anos iniciais  (1º ao 5º ano), na rede pública, foi de 98,9%. Já em 2021, esse percentual caiu para 97,3%. A redução de 1,6 ponto percentual (p.p.) entre um ano e o outro foi a primeira nos últimos cinco anos. Na rede particular, houve um aumento na taxa de aprovação dos alunos — alta de 96,5% para 99,1%, entre 2020 e 2021.

As taxas de aprovação dos anos finais do ensino fundamental caíram em todas as dependências administrativas da rede pública. A rede municipal foi a que teve a maior queda, com 94,7% dos alunos aprovados (em 2020, 98%). A rede privada manteve-se praticamente estável, com um crescimento de apenas 0,1 p.p. Já as taxas de reprovação nos anos finais aumentaram em todas as redes, com destaque para a municipal, com aumento de 2,2 p.p. (Agência Brasil).

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