O cenário nebuloso e o futuro da política em Santa Catarina

(* Moacir Pereira….)

 

O atual cenário político catarinense não tem precedentes se a análise focalizar a situação dos partidos.  Os principais atravessam crises de identidade ideológica e enfrentam cisões internas.

Governador deve anunciar novo partido após o carnaval – Foto: ArquivoGovernador deve anunciar novo partido após o carnaval – Foto: Arquivo

O caso do MDB é o mais emblemático, mergulhado numa crise de consequências imprevisíveis. O prefeito Antidio Lunelli, proclamado candidato a governador, fez nova declaração a todos os líderes e filiados pregando unidade para consolidar o projeto. Mas sofre oposição da bancada e dos ex-governadores.

No PSD, Raimundo Colombo não consegue selar sua candidatura ao governo pelos movimentos dissidentes, uns apoiando Carlos Moisés e outros optando por Gean Loureiro.  O PSDB é o mais fragilizado neste momento.  O PP tem deputados pró-Moisés e outros contra. E por aí vai.

Este cenário confuso começará a clarear após o Carnaval, quando o governador Carlos Moisés anunciará seu novo partido, segundo tem confidenciado a assessores.  Ele precisa de tempo para, escolhido o partido, montar a nominata de candidatos a Câmara e Assembleia, e também para definição dos novos secretários que sucederam os atuais, que vão renunciar até 2 de abril para concorrer a mandatos.

Moisés prefere filiar-se ao MDB, mas o MDB dividido tem as bases contra esta alternativa.  O Avante não tem expressão no Estado. Tentou cooptar o Republicanos em Brasilia, mas não teve sucesso. Agora, as conversações visam inscrição no Podemos, que também está dividido sobre a hipótese de sua filiação.

Indefinições que acabam debilitando seu projeto para 2022.

(* Moacir Pereira é um dos mais importantes analistas da política catarinense).

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