Os beneficiados pelo ‘pacotaço’ do governador Carlos Moisés da Silva
“O trem da alegria está passando , mas só para quem ganha bem, para quem faz lobby, para os amigos do rei “, avaliou o deputado Ivan Naatz , líder da bancada do PL e da oposição na Assembleia Legislativa , em seguida à aprovação do chamado “pacotaço ” de projetos do governo estadual, que reuniu mais de 30 projetos, sendo que 22 analisados e votados somente nesta última terça-feira, na sessão concentrada de encerramento das atividades legislativas deste ano.
Naatz se refere à maioria dos projetos que eram de reajuste e ajustes de categorias funcionais consideradas da elite do governo estadual e que no saldo final irão representar uma despesa fixa anual da ordem inicial de R$, 1 4 bilhão e chegando a R$ 2, 7 bilhões , a partir do ano que vem para os cofres públicos. O parlamentar já vinha alertando publicamente desde a semana passada, quando o primeiro bloco de projetos começou a ser votado, sobre esses impactos financeiros e a necessidade de análise mais profunda, o que gerou reações também contrárias aos projetos por parte de entidades do setor produtivo da economia catarinense.
“Infelizmente não houve bom senso por parte do governo e sua bancada aliada. Continua predominando a força dos grupos de pressão interna e o orçamento público é cada vez mais refém das corporações e do lobby das elites funcionais “, criticou Ivan Naatz .
O deputado acrescenta que além da questão da responsabilidade fiscal do governo, os projetos também aumentam o abismo já existente entre as diferenças salariais das categorias mais privilegiadas e as mais humildes do serviço público estadual, “quando na verdade, o ideal seria aproximar essa diferença”.
Por outro lado, o parlamentar observa ainda que boa parte de recursos orçamentários estão sobrando nos cofres públicos porque o governo estadual tem deixado de priorizar e realizar obras simples e básicas como recuperação de rodovias estaduais, reformas em mais de 200 escolas públicas que estão deterioradas por toda as regiões do Estado, além da falta de ações na área de saúde para agilizar o fim da fila de espera de mais de 100 mil pessoas que necessitam de cirurgias eletivas. (Com informações).