O caminho do impeachment

(* Paulo Alceu…………)

Um governador que enfrenta dois processos de impeachment em menos de um ano certamente tem algo de errado. Mais uma vez Carlos Moises foi afastado e desta vez com a unanimidade dos votos de desembargadores que encontraram no governador crime de responsabilidade emoldurado com acusações bem fundamentadas e sustentadas em lei.

A vergonha ficou estampada nos votos , principalmente, dos deputados Marcos Vieira do PSDB e Valdir Cobalchini do MDB com argumentos sem nenhuma consistência e muito mais amparados na convivência atual com o governo, pois eram algozes ano passado, onde vale mais atender interesses próprios do que legislar em defesa do Estado.

O voto do deputado José Milton Scheffer está no contexto de líder do governo , que mais parece uma piada , pois jamais votaria pelo afastamento, o que já revela uma incoerência se a intenção é um julgamento isento. 

Fabiano da Luz do PT participou da CPI condenou o governador na época e agora pede o arquivamento do processo. É o PT querendo tirar Daniela Reinehr do caminho. Ela é do Oeste e bolsonarista de carteirinha. Também não votam pensando no Estado.

Por fim o sexto voto que revela coerência. Laercio Schuster do PSB é o único que participou dos dois processos. Da primeira vez votou pelo afastamento , mas não pelo impeachment destacando que estava acompanhando a Justiça . Agora votou pelo afastamento , acompanhando os desembargadores.

Mancha

A vergonha se instalou na Assembleia onde deputados tentaram argumentar em seus votos desencontrados o que ficou incontestável nas manifestações dos desembargadores. E por fim, os R$ 33 milhões continuam desaparecidos e o Estado pedindo respiradores para o Ministério da Saúde.

 (*Paulo Alceu é jornalista e comentarista da Rede Record).

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