Acabou a folia: Em Santa Catarina Bolsonaro curtiu o Carnaval negado aos brasileiros

– Diário Catarinense—–

Jair Bolsonaro se sentiu em casa no feriadão de Carnaval que passou em Santa Catarina. Sem agenda oficial nem máscara, o presidente testou a popularidade em meio à multidão, descansou e praticou um de seus ‘esportes’ favoritos: ataques à imprensa. O que, na lista de preferências do presidente, parece só perder para a pesca. 

A pescaria, aliás, não foi das melhores. Mas a aglomeração, sim. Bolsonaro foi seguido e ovacionado por apoiadores onde quer que aparecesse em São Francisco do Sul. Tudo devidamente registrado e publicado nas redes sociais pelo filho, deputado Eduardo Bolsonaro, e pelo secretário nacional de Aquicultura e Pesca, Jorge Seif Junior.

Seif diz que o presidente se sente “energizado” nessas viagens em que faz contato com seus apoiadores. Gostou tanto de São Francisco do Sul que surgiram até boatos de que a família Bolsonaro estaria de olho em imóveis na região – o que foi negado pelos contatos mais próximos do presidente.

O coronavírus fez a Bolsonaro o favor de impedir o desfile das escolas de samba e os bloquinhos que, no ano passado, lhe fizeram provocações. Sem ser incomodado, o presidente fez como todo bom folião e deixou os problemas no lado de fora para curtir o Carnaval em paz.

Bolsonaro descansou em SC enquanto país enfrenta uma nova onda de Covid-19 sem auxílio emergencial e num cenário em que mais de mil brasileiros morrem, todos os dias, por uma doença para a qual existe vacina. Para desviar desses assuntos espinhosos, flexibilizou a acesso a armas e falou em fechar jornais – a fantasia de democrata, afinal, nunca lhe caiu muito bem.

Se em dezembro Bolsonaro adaptou a viagem a lazer para visitar as áreas atingidas pela enxurrada no Vale do Itajaí, desta vez limitou-se a conversas por telefone em busca de algum apoio para Chapecó, depois de ter sido alertado pelo senador Jorginho Mello (PL). Enquanto o presidente curtia a praia, o Oeste catarinense enfrentava dias de colapso e caos na saúde pública.

O alegre Carnaval de Bolsonaro foi interditado à maioria dos brasileiros diante da pandemia em descontrole e da crise econômica galopante. De volta a Brasília, o presidente encontrará o Brasil em uma eterna Quarta-feira de Cinzas.

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