A conversa de Bolsonaro e Mourão sobre a China e a tecnologia 5G

O crescente desgaste da relação entre Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão parece ter estacionado na última semana. Integrantes do governo têm dito que o clima entre o presidente e seu vice está “mais ameno”. Ciente da irritação de Bolsonaro sobre seus pronunciamentos a jornalistas a respeito dos mais variados assuntos, o próprio Mourão achou melhor submergir, segundo pessoas próximas a ele.

No Palácio do Planalto, o vice passou a ter, inclusive, o apelido de Casagrande, como informou a coluna. Na semana passada, Bolsonaro e Mourão tiveram uma reunião após quase dois meses sem uma agenda entre ambos. Um dos temas tratados no encontro foi a Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), da qual Mourão é representante. Na conversa, Bolsonaro voltou a mostrar resistência para que a empresa chinesa Huawei prestes serviços relacionados à tecnologia 5G no Brasil.

Mourão tentou, novamente, dissuadir o presidente. Defendeu que, se conservadas as prerrogativas de segurança e soberania do Brasil, não há problema na participação dos chineses. O presidente só ouviu. As informações são da Bela Megale n’O Globo.

O vice não escondeu de aliados a sua irritação com a postura do ministro das Comunicações, Fábio Faria, de desautorizá-lo sobre o tema. No início do mês, após se encontrar com representantes das principais operadoras de telefonia do Brasil, Faria disse que o tema 5G será concentrado no seu ministério e na Presidência da República, escanteando Mourão. Essa mensagem foi reforçada por Bolsonaro. No dia anterior, o vice tinha afirmado que o banimento da companhia chinesa no 5G brasileiro vai encarecer os serviços para os consumidores. (Blog de Fábio Campana).

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