Brasil cai 5 posições em ranking de desenvolvimento humano da ONU

O Brasil caiu 5 posições no ranking de IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) da ONU (Organizações das Nações Unidas). A lista foi divulgada nesta 3ª feira (15.dez.2020). 

Os dados do Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) são referentes a 2019. O Brasil ocupa agora a 84ª colocação no ranking. Na edição anterior do Relatório de Desenvolvimento Humano, com dados de 2018, o país estava na 79ª posição.

O documento mostra o IDH em 2019 para 189 países e territórios reconhecidos pela ONU. A Noruega lidera, com IDH 0,957. Quanto mais perto de 1, maior o desenvolvimento humano do país. Em seguida estão Irlanda (0,955), Suíça (0,955) e Hong Kong (0,949). O pior colocado é o Níger (0,394).

O IDH brasileiro é de 0,765. Apesar de estar mais abaixo na tabela, o Brasil teve evolução de 0,003 com relação ao IDH anterior. De acordo com o Pnud, o Brasil apresenta “crescimento lento”.

 

A falta de avanço na educação é o principal motivo apontado no relatório para o resultado brasileiro. Desde 2016, o período esperado de permanência de alunos na escola segue em 15,4 anos. A média de anos de estudo variou de 7,8 para 8 anos de 2018 a 2019.

A expectativa de vida em 2019 no Brasil foi de 75,9 anos. Em 2018, ficou em 75,7 anos. A renda per capita anual foi de US$ 14.182 em 2018 para US$ 14.263 em 2019.

Pela 1ª vez o relatório apresenta o cálculo do impacto do desenvolvimento humano no meio ambiente. A nova métrica, IDH-P, leva em conta as emissões de CO² e a pegada ambiental –o uso de recursos materiais por uma população. Com esse critério, o IDH do Brasil cai para 0,710. O valor, no entanto, faz com que o país suba 10 posições no ranking.

O IDH do Brasil despenca quando ajustado para o quesito desigualdade. Vai de 0,765 para 0,570. O fator principal é a desigualdade de renda. Os 10% mais ricos concentram 42,5% da renda total. Em concentração de renda, o Brasil perde apenas para o Qatar.

De acordo com os dados do Pnud, o Brasil é um país com grande desigualdade de gênero. No IDG (Índice de Desigualdade de Gênero), o país ocupa a 95ª posição em uma lista com 162 nações.

IMPACTOS DA COVID-19

Os dados analisados são de 2019 e, portanto, não contemplam os efeitos da pandemia. O Pnud, no entanto, sinaliza que todos os países devem regredir no IDH de 2020.

A covid-19 pode ter empurrado cerca de 100 milhões de pessoas para a extrema pobreza, o pior revés em uma geração”, lê-se no relatório.

O desenvolvimento humano pode ter sofrido um grande golpe no 1º trimestre de 2020. Eliminar a pobreza em todas as suas formas –e mantê-la eliminada em um mundo dinâmico– continua sendo central, mas as ambições crescem continuamente, como deveriam, em conjunto com um compromisso firme de não deixar ninguém para trás no processo.” (PODER360).

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