Temer o mais impopular da história do país
O presidente Michel Temer (MDB) superou o próprio recorde e é o mais impopular da história, aponta a nova pesquisa Datafolha. Nos resultados apresentados neste domingo (10), 82% dos entrevistados avaliam o governo Temer como ruim ou péssimo, 12 pontos a mais que na pesquisa anterior, divulgada em abril.
Na sondagem de intenções de voto, o ex-presidente Lula, preso há dois meses em Curitiba, segue na liderança com 30%. Nos cenários em que o nome do petista não é apresentado, 34% disseram não ter candidato. O deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ) é o líder neste caso, com 19%. Marina vem em seguida, com 15% da preferência dos eleitores.
Mais impopular
Temer, que já era considerado o presidente com piores índices de aprovação desde a redemocratização, bateu o próprio recorde após a greve dos caminhoneiros. Em setembro do ano passado, quando teve sua pior índice até o momento, o governo do emedebista era considerado ruim ou péssimo por 73% dos entrevistados.
Na última pesquisa, divulgada em abril, Temer viu o índice apresentar discreta oscilação positiva, dentro da margem de erro, indo a 70%. Dois meses depois, a pesquisa registra 82% de avaliações “ruim ou péssimo” a ele. Apenas 3% consideram a gestão Temer boa ou ótima e 14% a avaliam como regular.
A reprovação atual de Temer supera em 11 pontos percentuais a pior avaliação de Dilma registrada pelo instituto, que chegou a 71% em agosto de 2015.
A pior avaliação de Temer é registrada na região nordeste, onde 87% dos entrevistados avaliam sua gestão como ruim ou péssima. Nas regiões sul e sudeste do país, o índice é de 80%.
Corrida presidencial
Apesar de já estar preso há dois meses, Lula continua na liderança na pesquisa dos candidatos ao Palácio do Planalto. O petista tem 30% das intenções de voto, seguido por Bolsonaro, com 17%, e Marina (Rede), com 10%. Em seguida vêm Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB), empatados com 6% e o senador Álvaro Dias, com 4%.
No cenário sem o nome de Lula e sem outro candidato do PT, 34% dos entrevistados disseram não saber em quem votar. A liderança passa a Bolsonaro, que vai a 19%. Marina vai a 15% e Ciro Gomes a 11%, empatado tecnicamente com Alckmin, que tem 7%.
Os nomes de Fernando Haddad e Jacques Wagner, cotados a “plano B” do PT, também aparecem em cenários sem Lula, mas registraram apenas 1%.
Na simulação para o segundo turno, Lula também venceria com folga. Ele teria 49% contra 27% de Geraldo Alckmin; 46% sobre os 31% de Marina, e 49% contra 32% registrados por Bolsonaro.
O poder de transferência de voto do ex-presidente também foi testado pelo Datafolha, e 30% dos eleitores entrevistados responderam que com certeza votariam em um candidato indicado por Lula. Outros 17% afirmaram que talvez votassem em um apadrinhado do petista. (Congresso em Foco).