Prefeito Eliseu Mibach e seus vices… E o que realmente Porto União precisa
De dezembro de 1988 até 2000, substituindo o falecido prefeito Alexandre Puzyna, Eliseu Mibach governou por dois anos Porto União sem ter ao seu lado um vice prefeito, porque ele era o vice no exercício do cargo então como titular até 1º de janeiro de 2001, após ter sido eleito como titular, mas desta vez com o vice Renato Stasiak.
Foram quatro anos, pelo que me lembro, absolutamente tranquilos, porque o vice sempre discreto se limitava apenas a cumprir sua função institucional.
Foi tudo tão bem que em 2004 o vice Renato, com o apoio do titular, se elegeu tranquilamente prefeito, tendo como vice Érico Rosencheg.
Mas em 2008, o vice, que continuava no então PMDB (agora MDB), atendendo veementes apelos da cúpula estadual emedebista, porque Mibach resolveu deixar o partido, resolveu concorrer à reeleição tendo como principal adversário o atual prefeito. E Renato foi reeleito com uma votação expressiva.
E, em 2012, Eliseu voltou a concorrer, pelo PSDB, tendo como principal adversário o ex-vereador Anízio de Souza (PT), que teve como companheiro a vice Aloísio Salvatti (PMDB, agora MDB). E pela segunda vez, Eliseu amargou a derrota.
Nesse pleito, também, a participação como candidato a prefeito, pelo PP, do vereador Luiz Alberto Pasqualin, que chegou perto dos 1.800 votos, que com certeza seriam de Mibach. Agora Pasqualin, que passou por vários partidos, está no PSDB e é candidato à reeleição. Parece que pela sétima vez, lembrando que uma vez ele foi primeiro suplente – 93/96…
Em 2016, Eliseu voltou a concorrer, tendo como companheiro de chapa a vice o empresário Pércy Storck e como adversário seu primeiro vice Renato Stasiak, sendo eleito, mas desta vez com menos de 10 mil votos, bem menos no que em 2000 quando chegou perto do 12 mil.
E agora, novamente, Eliseu, que pleiteia à reeleição, apesar de aparentemente ser o favorito, pois está no poder, tem como um de seus adversários o atual vice prefeito, Pércy Storck.
E as relações entre ambos não é nada cordial, nem sequer institucional, como deveria ser num país que tem como base a democracia e o estado de direito.
E, curiosamente, nessa campanha de 2020 da sua reeleição, Eliseu comandou a coligação do PSDB com o MDB, praticamente impondo como seu companheiro a vice Érico Rosenscheg, que foi vice de Renato Stasiak de 2005 a 2008.
Mas a coligação PSDB/MDB está sendo contestada na Justiça Eleitoral por supostas irregularidades, que podem ser verdadeiras e causar sérios problemas a chapa Mibach/Rosenscheg.
O lamentável nessa anormal campanha eleitoral que estamos vivendo, consequência da pandemia que não atinge só o Brasil, mas o mundo inteiro, é o comportamento do prefeito, que não não tem poupado críticas até ofensivas a alguns de seus adversários, perdendo facilmente a compostura, não aceitando contestações.
E as críticas, apesar do prazo de campanha ser curto, virão, com certeza, ao prefeito, porque pontes em pequenos riachos (contabilizadas como grandes obras), portais, asfalto, passeios (pagos sob ameaça com base numa lei contestável), não são tão importantes como os projetos de geração de renda e de emprego, melhoria da qualidade da educação (não somente a construção de lindos prédios escolares).
O Brasil e também o mundo, é preciso entender, será diferente pós-pandemia. E isso deve ser considerado.
Porto União precisa de um gestor que volte suas atenções para o futuro, com projetos estruturantes, com responsabilidade para um dos maiores problemas que a comunidade enfrenta: geração de emprego.
As maiores empresas instaladas em Porto União, que geram renda e emprego foram a Havan, a Renaut e um frigorífico. E não foi na administração atual.
Uma agência bancária? Um supermercado? Um hotel? É só isso?
Porto União precisa de um prefeito que não esteja com suas atenções voltadas continuamente para o aumento do seu patrimônio imobiliário, ou de um grupo…
Porto União precisa de representantes na Câmara Municipal que conheçam, no mínimo a história do município, principalmente suas necessidades, sobretudo nas áreas essenciais. E não de vereadores profissionais, já que o salário é muito bom e as diárias também.
Os eleitores devem prestar atenção nos nomes dos candidatos à Câmara Municipal, principalmente aqueles que concorrem pela primeira vez. Lá estão professores (as),técnicos (as) e até médico, que aceitaram o desafio sem a preocupação de serem beneficiados com os altos salários e outras benesses.
Só pra lembrar: estou preparado para eventuais agressões e se algumas fugirem da normalidade, não tenho problemas com defesa, inclusive jurídica.