O “rolo compressor” de Bachir Abbas, com o respaldo do PSDB de Valdir Rossoni
Bachir Abbas, eleito vice-prefeito em 2016 pelo PSDB, partido que trocou pelo PP da ex-governadora Cida Borguetti e do deputado Ricardo Barros, líder do presidente Bolsonaro na Câmara Federal, acabou aceitando como candidato a vice na sua pretensão de conquistar a Prefeitura de União da Vitória, um candidato do PSDB, o advogado e professor Jairo Clivatti.
Uma jogada de Rossoni
Tudo indica que foi uma ‘jogada’ do suplente de deputado federal Valdir Rossoni, que transferiu seu titular eleitoral para União da Vitória, anunciando inclusive sua intenção de concorrer a prefeito, frustrando o desejo de Clemente Sistowski de ser o candidato tucano à sucessão de Santin Roveda.
Clemente parece que tinha certeza que seria o candidato tucano, com vídeos diários nas redes sociais anunciando suas “políticas públicas”, mas não levou em consideração o poder de Rossoni no comando do PSDB do Estado.
Rossoni, politicamente ‘mafioso como é’, agiu nos bastidores, provavelmente pensando no restabelecimento de sua base eleitoral em União da Vitória, porque não parece estar disposto a ficar fora do processo político regional e até estadual. E porque sua ascensão à Câmara Federal está cada vez mais distante.
E a Câmara Federal em Brasília não o seduz de jeito nenhum, pois mostrou isso preferindo a Casa Civil em Curitiba junto com o governador Carlos Alberto (Beto) Richa. Mas já a Assembleia Legislativa deve – acredito – estar em seu projeto de voltar à ativa.
E o último resultado negativo de 2018 deve estar ‘entalado’ em sua garganta, irritado com ‘possíveis’ – como ele mesmo disse – algumas traições. Na verdade não houve traições, mas o desejo ‘ardente’ de grande parte do eleitorado – como aconteceu em todo o país – de mudanças. E ele foi um dos atingidos por essa renovação, embora, pra ser coerente, considerando sua dedicação como Chefe da Casa Civil, ter sido mesmo injustiçado em União da Vitória. Isso é inegável.
E – vislumbro essa possibilidade – Rossoni numa eventual vitória de seu filho Rodrigo em Bituruna e e de Bachir Abbas em União da Vitória, com seu PSDB na chapa, estará fortalecido para concorrer a à Assembleia Legislativa, porque tudo indica estar com vontade de voltar a circular nos corredores do poder do Estado.
A não ser que o “Boca Aberta” seja mesmo cassado e a vaga, lá em Brasília, fique à disposição de Valdir.
Em Bituruna
Apesar de que em Bituruna, como tem sido nas últimas eleições, a campanha, mesmo curta, será bem agitada, com dois candidatos com o mesmo nome – Rodrigo.
Rodrigo, filho de Valdir, que já foi eleito prefeito, mas cassado por várias irregularidades.
E Rodrigo Marcante, atual vice-prefeito, que concorre com o apoio do ex-prefeito Remi Ranssolin e do deputado Hussein Bakri.
Bachir e seu rolo compressor
E Bachir Abbas, que chegou ao posto de vice, pelo PSDB, mas depois se filiou no PP, na chapa de Santin, que era do PR e agora do PL, tem como seu companheiro a vice um tucano – Jairo Vicente Clivatti. A política é realmente dinâmica e muitas vezes imprevisível.
A chapa Bachir Abbas/Jairo Cluvatti, além do PP e PSDB, contam com o apoio do Solidariedade, Democratas, PDC, PL, PV e PSL. Um ‘chapão”…
Bachir tem ainda o apoio direto dos atuais vereadores Alandra Roveda (PL), Diego dos Santos (DEM), Ricardo Sass (PP), Valdecir José Ratko (DEM), Cesar Empinotti (PL), Joarez Leadro de Oliveira (DEM) e Gilmar Pogogleski (PV).
Mas é o Hussein?…
Hussein (PSD) não lançou candidato a prefeito e a vice, mas 20 nomes em condições de pleitear vagas (13) na Câmara Municipal. É um mistério o candidato a prefeito que terá o seu apoio, mas continua na liderança do governador Ratinho Junior e vai permanecer no posto pelo menos até abril de 2222 quando deve iniciar sua campanha pela conquista definitiva de uma cadeira na Assembleia Legislativa. E o prefeito que vencer vai ter ir ao seu encontro.
Será que, como já aconteceu em dois pleitos, teremos novamente um confronto entre Valdir Rossoni e Hussein Bakri na região como candidatos ao parlamento estadual?