Novo pedido de impeachment do governador Carlos Moisés e da vice Daniela Reinher
O secretário da Mesa da Assembleia Legislativa, deputado Laércio Schuster(PSB) faz na sessão desta quinta-feira (03) a leitura do novo pedido de impeachment contra o governador Carlos Moisés e a vice-governadora Daniela Reihner, com o parecer da Procuradoria e a decisão do parlamento.
O presidente Júlio Garcia anunciou que a representação foi protocolada dia 10 de agosto e que teve parecer da Procuradoria.
O novo pedido é considerado mais abrangente e mais contundente, pois incluir documentos sobre a fraude dos respiradores e a licitação ilegal do hospital de campanha de Itajaí.
Quando o documento foi protocolado, o NDmais publicou a seguinte nota: “A peça traz algumas questões explicativas de tudo isso que nosso Estado vem vivendo”, resume o advogado Leonardo Borchardt, porta voz da comitiva que esteve na Alesc. Além dos episódios polêmicos, a representação chama atenção para a situação econômica do Estado, diante da pandemia, em contraste com a rusga política interna entre o governador Carlos Moisés e a vice-governadora Daniela Reinehr.
Porém, a compra dos 200 respiradores por R$ 33 milhões sem garantias e as contradições que apontam que o governador Carlos Moisés tinha conhecimento dos detalhes da dispensa da licitação que originou a aquisição predominam na representação.
“Nós trabalhamos profundamente na questão da compra dos respiradores, essa situação nefasta e absurda que lesou os cofres públicos e a moral dos catarinenses”, relatou Borchardt.
A representação detalha informações que já foram reveladas pela força-tarefa do MPSC, TCE e Polícia Civil durante as duas fases da Operação Oxigênio, além de contrapor informações colhidas pela CPI dos Respiradores na Alesc.
Segundo a representação, Moisés mentiu em depoimento a comissão especial ao dizer que só tomou conhecimento da compra no dia 22 de abril.
Para os signatários, o fato de enviar para a Alesc um projeto de lei para pedir autorização legislativa para fazer compra com pagamento antecipado e manter conversas com o presidente do TCE, Adircelio Moraes, sobre o assunto, caracterizam a mentira.
“Ele brinca com a nossa inteligência quando diz que nada sabia e nós não podemos aceitar, pois existem provas irrefutáveis da participação direta do governador”, afirma Borchardt.
A inclusão da vice-governadora Daniela Reinehr é justificada pelas atribuições do cargo. “A vice foi eleita para exercer algumas funções e dentre elas, orçamento faz parte dessa temática. Omissões e a não fiscalização da vice é aquilo que a traz para o olho desse furação e faz ela com participação direta em tudo isso que nosso Estado vem vivendo”, completa Borchardt. (Moacir Pereira/Notícias do Dia).