Presidente Bolsonaro diz que não pode ‘apostar no Aliança’ e pode voltar ao PSL

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O presidente Jair Bolsonaro reconheceu nesta 5ª feira (13.ago.2020) que será difícil seu novo partido, o Aliança pelo Brasil, ficar pronto a tempo das eleições presidenciais de 2022. Ele disse que avalia ingressar em outras siglas, inclusive em seu ex-partido, o PSL, do qual saiu depois de 1 racha entre alas divergentes do grupo.

“É difícil formar partido. Não é impossível, mas é difícil. Burocracia enorme. A pandemia atrasou. Passa na ponta linha pelo TSE… Então eu não posso investir 100% no Aliança, em que pese o esforço de muita gente pelo Brasil… eu tenho que olhar outros partidos.”

Bolsonaro disse que já recebeu 4 convites para se filiar a outra legenda. Um deles seria de Roberto Jefferson, presidente do PTB. Ele tem se aproximado do governo nos últimos meses.

Outros 2 presidentes de partidos teriam conversado com Bolsonaro para tê-lo em seus partidos. O PSL aparece como uma 4ª opção de sigla. Ele afirma que conversa com cerca de 43 congressistas da agremiação. Há, entretanto, aproximadamente, outros 8 com os quais é “impossível” conversar.

O presidente é cauteloso. Diz que, se for se filiar a outros partidos que não o seu próprio, o movimento deverá ser justificado aos eleitores.

“Porque vão falar na ponta da linha: ‘Ah, está me traindo’. Arranjei mil, duas mil assinaturas, duzentas e agora o cara voltou pra lá. Se eu voltar pra lá tem que ter a justificativa, se for pra outro partido que tenha nos convidado, tem que dizer porque estamos indo pra lá e botar condições”, completou.

Bolsonaro saiu do PSL em 12 de novembro de 2019. Ele anunciou a aliados que decidiu deixar o PSL e criar uma nova legenda. O anúncio foi feito em reunião com congressistas do PSL no Palácio do Planalto. A confirmação foi dada por deputados que estiveram no encontro.

RACHA NO PSL

A decisão de Jair Bolsonaro de abandonar o PSL decorre de uma longa disputa interna que se tornou pública quando o presidente afirmou a 1 correligionário, na frente do Palácio da Alvorada –residência oficial da Presidência– que o presidente do partido, deputado Luciano Bivar (PE), estava “queimado para caramba” em seu Estado.

A legenda está dividida em duas alas: uma bolsonarista, outra bivarista.

Bolsonaro chegou a ser gravado atuando diretamente nas negociações para que o filho fosse escolhido líder do partido na Câmara. O presidente passou também a cobrar transparência no emprego de recursos do PSL, pressionando Bivar.

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