Sem público, tudo bem, pela segurança por causa da pandemia, mas sem transmissão das sessões pela Internet? Por que?
Será mesmo que a decisão é para dar mais igualdade aos atuais vereadores, ou impedir que a população tenha a oportunidade de acompanhar as decisões dos senhores vereadores?
Tudo indica que os 13 atuais integrantes do Poder Legislativo (com alguma exceção…) serão candidatos à reeleição, o que não deixa de ser legítimo, com vários deles tendo se aproveitado da ‘janelinha’ permitida pela legislação eleitoral e trocaram de partido.
A partir do início da pandemia – e nem poderia ser diferente – as sessões passaram a ser realizadas sem a presença do público, mas sempre transmitida via internet para conhecimento da população.
Agora, a surpresa. Além de continuar sem a presença do público – situação que deveria ser mantida -, a mesa diretora, presidida pelo vereador Ricardo Sass, determinou a suspensão das transmissões das sessões pela internet.
Sass, no ato que determina a suspensão das transmissões, enfatiza que “o ato de suspender a transmissão é para dar mais igualdade entre os candidatos, para tornar as eleições mais igualitárias. Se as sessões continuam, os vereadores que aqui estão terão vantagens sobre os outros. Nada mais justo que neste momento as sessões fiquem gravadas. Não queremos ter desigualdade. Já temos uma eleição que não sabemos exatamente como será, já que acredito que essa questão da pandemia vai perdurar. Porque não deixar mais igualitária essa eleição?”.
Que as sessões continuem sem a presença do público por uma uma questão de segurança dos vereadores, que vem sendo realizadas com o distanciamento recomendado, ocupando grande parte do plenário, mas a SUSPENSÃO das transmissões pela Internet é inadmissível e deixa no ar uma série de dúvidas, que a mesa atual Mesa Diretora procura esclarecer, mas não são nada esclarecedoras…
Em postagens anteriores, provavelmente não lidas pelos senhores vereadores, enfatizamos o número exagerado de vereadores e os elevados custos para os cofres do município, com os altos salários, servidores e manutenção.
União da Vitória pode ter até 15 representantes no Legislativo, mas também pode ter também 9, ou 10, como já teve. Pode também, como defende solitariamente o vereador Emerson de Souza, reduzir os salários.
Sem público, tudo bem, pela segurança dos próprios vereadores e sem condições de propiciar espaço adequado – também com segurança para o público – concordamos.
Mas sem as transmissões pela Internet, impossível da comunidade aceitar, ainda mais com base numa lei (9.504), com dezenas de remendos, sem uma análise de juristas especializados.
Será por que realmente não existe interesse da comunidade em tomar conhecimento da discussão da redução do números de vereadores, que até pode continuar sendo 13, desde que sejam corrigidos para menos os polpudos proventos?
Mas com certeza não serão!
E vão ser corrigidos também para prefeito, vice-prefeito e aí o efeito cascata para secretários, diretores, coordenadores…
Entendo que não é necessário lembrar aos senhores representantes de povo – com uma ou duas exceções – que, diante da pandemia que assola toda a humanidade, uma nova realidade está sendo imposta à vida de todos nós.
Acho que não preciso dizer que a economia já está passando por uma fase difícil, que deve aumentar ainda mais em 2021, com a receita de municípios, estados e união sofrendo grande redução.