General afirma que “o país não tem que ser tutelado pelas Forças Armadas”

O general da reserva Hamilton Mourão falou, na terça-feira (29), em Porto Alegre, que não concorda com os pedidos de intervenção militar requeridos na paralisação dos caminhoneiros. Em uma entrevista à revista Veja, o general afirmou que optar pela intervenção militar não seria a solução imediata dos problemas no Brasil. Segundo ele: “Intervenção militar não é varinha de condão que faz plim, plim e está tudo resolvido. O país não tem que ser tutelado pelas Forças Armadas”, comentou.

O militar participou de um evento e declarou apoio ao tenente-coronel Luciano Zucco. No local, ele foi muito prestigiado pelos convidados. Tirou várias fotos e deu muitos autógrafos.

Zucco vai tentar uma vaga para deputado estadual, porém, ainda não tem partido, pois os militares têm regras diferentes para a filiação. Zucco faz parte de uma “frente militar” que traz para as eleições vários militares, apostando numa vitória nas urnas.

Mourão, com seus discursos acirrados, também está bem envolvido nessas próximas eleições. Cogitou-se que ele poderia até sair como vice de Jair Bolsonaro. Porém, não foi nada confirmado até agora. O general se filiou ao PRTB e é um dos grandes apoiadores de Bolsonaro na conquista da Presidência do Brasil.

Intervenção militar
O general ficou conhecidíssimo no Brasil ao defender, em vários discursos, a intervenção militar como uma forma de retirar do poder políticos corruptos e fazer uma “limpa” no Brasil. Porém, essa paralisação dos caminhoneiros mostrou o general um pouco desfavorável aos pedidos de intervenção neste momento.

Mesmo assim, o general da reserva criticou duramente o presidente Michel Temer e o ministro da Segurança, Raul Jungmann. Para ele, Jungmann é incapaz de criar boas alternativas para conter o caos que assola país.

Sobre as Forças Armadas, Mourão defende que elas sejam usadas para evitar a desordem. Para ele, movimentos de esquerda estão envolvidos nessas manifestações dos caminhoneiros e “melar” as Eleições seria uma estratégias deles, já que esses movimentos não possuem candidatos. Se referindo a Lula, Mourão declarou que a única pessoa que eles teriam, está presa, e por isso bateu o desespero desse pessoal querer causar bagunça no país.

Violência
Para Mourão, a intervenção militar só seria bem-vinda se o país estivesse totalmente sem rumos e condições de definir prioridades. Se houvesse violência nas ruas, a atuação dos militares seria correta. Dessa forma, Mourão afirma defender uma intervenção militar, mas apenas se o Brasil vivesse esse tipo de episódio. O que, na visão dele, não é o caso de agora.

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