Os prejuízos do Paraná com a greve dos caminhoneiros

A greve de caminhoneiros já gerou prejuízo de R$ 200 milhões por dia às cooperativas do Paraná, segundo a Ocepar. “O desabastecimento da população é o que mais nos preocupa neste momento”, afirma o presidente José Roberto Ricken. O setor tem um papel relevante na cadeia de alimentos, envolvendo milhares de agricultores, que estão impedidos de escoar as produções até as unidades de processamento. As cooperativas do Paraná estão deixando de abater diariamente 12.700 suínos, 2,3 milhões de frangos e 180 mil tilápias. Paraná tem prejuízos elevados com a greve do caminhoneiros

Além disso, outros 3 milhões de litros de leite não estão sendo industrializados por dia. Vinte e cinco frigoríficos suspenderam as atividades deste o início dos bloqueios nas estradas. São 50 mil funcionários dispensados. “Estamos calculando um prejuízo que já supera R$ 1 bilhão para o agronegócio até agora”, destaca Ricken. 

Nesta terça-feira (29), Ricken e o presidente da Fecomércio, Darci Piana, conversaram com a imprensa e manifestaram preocupação com o desabastecimento nas cidades. Eles sugeriram que, junto com a Defesa Civil do Paraná e anuência dos líderes do movimento dos caminhoneiros, seja permitido o transporte de gêneros alimentícios para supermercados, panificadoras e restaurantes, em comboios de caminhões com escolta policial. De acordo com Piana, o restaurante do Sesc/PR, que serve seis mil refeições por dia em Curitiba, tem estoque suficiente para apenas mais dois dias.

O Sistema Ocepar criou um comitê de monitoramento da crise para acompanhar os desdobramentos do movimento dos caminhoneiros e os impactos para as cooperativas do Paraná. “Estamos permanentemente reunidos com as autoridades, buscando soluções”, acrescenta Ricken. Ainda de acordo com ele, o comitê também está atuando em âmbito nacional, por meio da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) e Frencoop (Frente Parlamentar do Cooperativismo).(Com informações do Bem Paraná e Fabio Campana).

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