Dago Alfredo Woehl e o Rio Iguaçu
É inegável o apego que o jornalista e empresário do segmento do turismo ecológico em nossa região tem por um dos mais valiosos bens da natureza: o Rio Iguaçu.
E esse apreço não é só dele, mas de toda a população regional e paranaense, porque o Rio é uma dádiva da natureza, mas traz, além de seus benefícios, consequências que nos preocupam e causos danos, como as grandes enchentes.
A maior parte parte do tempo, em seu nível normal – 2,50/2,80 – então caudaloso, além de abastecer o sistema de captação da Sanepar, para tratamento de abastecimento de água, para uma população que deve estar chegando ou passando dos 90 mil habitantes, mantém às represas de três hidrelétricas – começando por Foz do Areia – em pleno funcionamento.
Lembro bem das enchentes de 1957 (quando ainda áreas do quadro urbano de União da Vitória, inclusive toda aquela no entorno do gigantesco complexo da Uniguaçu, era ocupada apenas por um frigorífico), de 1983 (a maior de todas), de 1992 e agora no século 21, a de 2014.
Após a de 1957, essas áreas mencionadas começaram a ser ocupadas, com a construção de indústrias, prédio do Senai, vulneráveis às cheias do Rio, resultado de fortes períodos de chuvas na extensão da bacia hidrográfica do Vale do Iguaçu, que começa em Curitiba, todo o Planalto Norte de Santa Catarina e Centro-Sul do Paraná. E o gargalo está em Porto União/União da Vitória.
Estudioso dedicado das enchentes, responsável pela realização de dezenas de reuniões e seminários sobre as cheias do Iguaçu, Dago Wohel, notadamente da grande de 1983, autor até de uma publicação, agora observa (foto da chamada da postagem) a lado oposto de uma grande cheia: uma prolongada estiagem, que deixa nosso Iguaçu com menos de 1,30, menos da metade do seu nível normal, causando uma sensação ainda mais triste daquela que já vivemos com a pandemia da covid-19.
Neste Site estão várias informações sobre a atual estiagem que atinge os três estados do sul, com consequências maiores para o Paraná, que está em estado de emergência hídrica decretada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior.
Na semana passada estavam previstas chuvas torrenciais no no Sul, principalmente no Paraná, mas elas vieram em pequeno volume.
No interior de dezenas de municípios, tanto do lado catarinense quanto paranaense, nascentes e riachos secaram e os rios maiores estão com níveis críticos.
É a agricultura e a população das áreas rurais as que mais sofrem.
As estiagens nesse período do ano na região Sul são normais, mas não tão intensas. Em junho, início do inverno, a natureza deve restabelecer o problema hídrico que atinge a região, mas que venha controlada.