O impeachment do governador Carlos Moisés da Silva de Santa Catarina

(* Cláudio Prisco Paraíso——————-)

Não há clima na sociedade, não há clamor popular em favor da degola do governador. Evidentemente que impeachment é um processo muito mais político do que técnico, mas os políticos não vão conseguir aprovar a cassação de Moisés da Silva sem o devido amparo legal e ético a partir da atuação do governador.

Força das urnas

Ainda mais tratando-se de um eleito com 71% dos votos. Ah, mas foi eleito na onda Bolsonaro, na força do 17. É verdade, o que não muda o fato concreto de que ele recebeu esta votação expressiva em outubro de 2018.

Abrindo o leque

Outros dois pontos fundamentais: a ampliação das mudanças no primeiro escalão, dando uma oxigenada geral com nomes de peso, dotados de respeitabilidade e interlocução junto à sociedade catarinense; e a construção de uma base mais sólida na Assembleia Legislativa.

Manda Brasa

E aqui se faz necessária a reaproximação do governo com o MDB, relação que vinha sendo construída e que estremeceu com a cooptação de emedebistas para o PSL com vistas ao pleito municipal que se avizinha. 

Sim, porque o MDB é um partido de gente inteligente e experiente. Eles sabem que o naufrágio do atual governo não implicará em benefício direto ao partido quando o assunto são as eleições majoritárias de 2022. Os maiores beneficiados ante uma eventual derrocada de Moisés da Silva serão justamente os adversários do MDB. (* Cláudio Prisco Paraíso é jornalista).

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