Carlos Moisés estava cheio de razão: a culpa é da imprensa

* Frutuoso Oliveira———————–

É preciso silenciá-la com urgência.

Na sexta-feira ele deu o alerta. Ninguém deu bola.

Em uma videoconferência pediu aos empresários que parassem de colocar dinheiro nessa imprensa, que só que atrapalhar o seu Governo.

Moisés estava certo. Certíssimo.

Tudo o que está lhe acontecendo é por causa da imprensa.

E o pior: não por causa da grande imprensa, da Globolixo, CNNlixo e outros lixos.

A culpa de tudo isso é de dois repórteres, digamos até da imprensa nanica, de um tal de The Intercept.

Fábio Bispo e Hyury Potter que, certamente por não terem coisas mais importantes na vida, decidiram infernizar nosso Moisés.

Gaeco, Ministério Público, OAB, Tribunal de Contas, deputados e outros figurões bem pagos com o dinheiro público entraram em campo depois que a partida já estava andando.

Fábio e Hyury aproveitaram a pandemia para dar uma olhada mais a fundo no Portal de Transparência do Governo e descobriram que a tal compra de respiradores estava cheia de problemas que mereciam ser explicados.

Deixaram Moisés sem ar.

Derrubaram o secretário da Saúde e causaram essa operação do Gaeco que está atrapalhando o sábado do nosso governador.

Moisés já estava com as tainhas preparadas para fazer neste sábado lindo que Deus nos deu.

Eram as primeiras da safra. Vieram de um lanço lá da Barra da Lagoa. Ovadas, da melhor qualidade.

A alfavaca fresca para o tempero já estava separada.

O vinho branco foi para geladeira na sexta-feira para estar em temperatura ambiente no sábado pela manhã.

O violão estava afinado.

Afinal, Moisés teria um sábado digno de um trabalhador que se incomodou a semana inteira com a imprensa.

Mas a imprensa não para de atrapalhar a vida do nosso líder e logo cedo estava acompanhando os policiais pelas ruas.

Oh raça para incomodar.

Moisés avisou na sexta-feira. Ninguém deu atenção. Agora o rolo está feito.

E a culpa é toda a imprensa que começou essa confusão.

Não fossem esses dois repórteres bisbilhoteiros tudo estaria normal.

Não teríamos os respiradores, mas quem está aí para isso.
O importante é a comissão.

Nosso Moisés, tal qual seu homônimo bíblico, talvez não veja a terra prometida e morra, politicamente, no Monte Nebo da história da política catarinense. (*Frutuoso Oliveira é jornalista em Santa Catarina).

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