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Vitória de Bolsonaro e derrota dos ‘chantagistas’ do Congresso Nacional

O Congresso manteve os vetos do presidente ao orçamento impositivo. Se isso não for considerado uma vitória estrondosa do governo, perdemos a capacidade de discernimento. Bolsonaro pode tripudiar, pois não passou recibo de ter cedido em nenhum ponto.

Até o general Augusto Heleno tem motivos de sobra para agradecer ao vazamento do áudio em que ele chama parlamentares de chantagistas. Ao fim, a imagem que vai ficar é a de que ele estava acerto, e o governo não recuou. Peitou. E venceu.

Claro que nada é assim na política. Pudemos acompanhar o esforço de integrantes do Palácio do Planalto e de líderes partidários em estabelecer algum diálogo civilizado, pelo bem da nação. Porém, não é essa a impressão que vai ficar.

Os presidentes do Senado, David Alcolumbre, e da Câmara, Rodrigo Maia, agiram como bombeiros, se deslocaram para negociar, seguraram o andamento da votação até o ponto mais sensato e, sim, souberam ceder. Portanto, negociaram. Foi um acordo.

O presidente da República, por razões óbvias, fará prevalecer a versão de que o Executivo ficou imóvel – e saiu fortalecido. Se essa estratégia é inteligente ou não (era melhor pacificar a relação com deputados e senadores?), é irrelevante. Mais do que uma questão do conhecido estilo bélico, Bolsonaro tem motivos e argumentos para posar como grande vitorioso nessa batalha. A guerra continua. (R7).

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