Policiais militares de Santa Catarina rejeitam proposta do Governo do Estado

A Associação de Praças de Santa Catarina comunicou hoje (04/03), oficialmente, a decisão de rejeitar a última contraproposta apresentada pelo Governo do Estado dentro das negociações pela reposição inflacionária. A diretoria também irá encaminhar um ofício para a Secretaria de Estado da Administração com uma exposição de motivos.

Hoje era o prazo final dado pela Secretaria de Estado da Administração para que a Associação se manifestasse. Contudo, o governo decidiu estender a data para segunda-feira. A APRASC segue disposta a continuar negociando.

A diretoria esclareceu que a proposta do governo repercute em uma atualização monetária de cerca de 8% (oito por cento), parcelados até 2022 (menos 2% em cada parcela), desrespeitando toda a perda aquisitiva que os policiais e bombeiros militares sofrem desde 2013. “É importante esclarecer que o percentual ventilado pelo governo, de 17,5%, não é refletido nas tabelas apresentadas”, destacou o presidente da APRASC, João Carlos Pawlick.

Entre as alegações da APRASC para a rejeição estão:

1 -O percentual de 17,5% é irreal, não existe na proposta apresentada, e que a atualização real é de cerca de 8% no subsídio dos
2 – O parcelamento da reposição, em 5 (cinco) parcelas, até setembro de 2022, repõe cerca de 2% em cada parcela, tornando a proposta ainda menos representativa;
3 – As novas perdas inflacionárias incidentes até 2022 certamente serão superiores aos 8% de reposição, fazendo com que a proposta sequer vença a reposição do transcurso do parcelamento;
4 – Os praças não recebem atualização monetária do subsídio desde 2013, somando mais de 40% (quarenta por cento) de perdas inflacionárias (em desrespeito ao art. 37, X, da CRFB);

A APRASC havia apresentado uma proposta de 22% de reposição inflacionária, pagas em quatro parcelas – março e outubro de 2020 e janeiro e outubro de 2021. Além disso, a categoria reivindica a incorporacão da Iresa (Indenização por Regime Especial de Serviços Ativos), que hoje é paga somente para quem está na ativa e a reestruturação do plano de carreira. Os militares também não concordam com a perda do grau acima para quem vai para a reserva. (Cláudio Prisco Paraíso).

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