A Derrota do governador Pinho Moreira na ALESC

A correlação de forças na Assembleia Legislativa ficou muito clara na sessão ordinária de terça-feira à tarde. De um lado, o líder do governo, deputado Valdir Cobalchini (MDB), defendendo a aprovação da admissibilidade da MP 220, que mudava a alíquota de ICMS de 17% para 12% no Estado, mas tirava benefícios concedidos a setores pontuais do empresariado catarinense, que, na prática, teriam aumento de impostos. Especialmente o setor têxtil, atacadista e o comércio.

Editada, assinada e encaminhada para a Alesc a toque de caixa, a MP passou a vigorar sem qualquer conversa ou articulação do Centro Administrativo com as entidades do setor empresarial e muito menos com os deputados estaduais. Até mesmo a base de Eduardo Moreira, que agora mostrou o seu tamanho, foi pega de surpresa pela canetada do governador.

O resultado foi uma grande derrota governista, pois do outro lado, liderando os parlamentares contrários à MP, estava Gelson Merisio, o provável adversário do MDB nas eleições. O pessedista assegurou 24 votos pela derrubada da MP. Os governistas somaram 12 votos. Ou seja, fizeram a metade dos votos do outro grupo!

Trio “emedebista”

Durante a votação da admissibilidade da MP 220 no plenário da Alesc  ficou escancarada a tendência político-eleitoral dos parlamentares. Além dos nove emedebistas presentes, somente outros três parlamentares votaram com o Manda Brasa. Marcos Vieira, presidente estadual do PSDB e que sonha em ser vice do MDB nesta campanha; Fernando Coruja, que se inscreveu no Podemos no finzinho da janela para troca partidária, em abril, mas demonstra que segue alinhadíssimo ao antigo partido; e Maurício Eskudlark, do PR, cujo partido está alinhado estadualmente ao atual governo. (Claudio Prisco Paraíso).

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