Morte de idosa no Hospital São Braz gera mais uma manifestação do Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina
A morte de uma idosa (101) anos esta semana no Hospital São Braz levou o Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina (CRM-SC) a emitir outra Nota Oficial sobre a situação do Hospital de Caridade São Braz.
A morte da idosa, além evidentemente de consternar a família, gerou revolta contra o nosocômio, que vem há anos passando por dificuldades, notadamente de gestão. Agora, sob à responsabilidade de Rede São Camilo, a esperança é que todos os problemas sejam resolvidos. Mas o CRM-SC e o Ministério Público está fiscalizando todas as ações da nova gestão. Tudo, claro, visando o benefício da comunidade.
A Nota Oficial do CRM-SC
“O Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina – CRM-SC comunica que até o momento as providências tomadas pelo Diretor Técnico do Hospital de Caridade São Braz, de Porto União, não atenderam os critérios técnicos para que o setor de UTI seja desinterditado e retome o atendimento dos pacientes.
No último dia 30 de janeiro, o Setor de Fiscalização deste Conselho determinou interdição parcial do hospital, porque a Unidade de Terapia Intensiva oferecia risco aos pacientes, devido à falta de médico 24h para cobrir a escala de plantão e solicitou a transferência dos pacientes lá internados no período de sete dias para outros hospitais.
O CRM-SC informa, que o Hospital teve prazo para regularizar o número de médicos, bem como, as pendências burocráticas como, a inscrição dos profissionais médicos designados para os plantões junto a este Conselho, mas ainda não o fez. Também destacamos que a situação do Hospital está sendo acompanhada pela Promotoria de Justiça da Comarca de Porto União, que diariamente está atenta aos desdobramentos da medida determinada pelo CRM-SC.
Por fim, o CRM-SC reafirma sua preocupação com a boa prática da medicina e com a segurança e atendimento adequado da população à saúde. Entendemos que os cuidados da terapia intensiva vão além da estrutura física oferecida, e estão intimamente relacionados à qualidade da assistência e presença contínua de médicos devidamente habilitados junto ao paciente”.