2020 – Estamos inaugurando uma nova década, mas com a necessidade de mais consciência do meio ambiente

Estamos inaugurando uma nova década: 2020 marca o início de um ciclo e a expectativa é que a população inaugure também uma nova consciência. Precisamos. Uma das áreas mais sensíveis para a qual precisamos de mudança de atitude é o meio ambiente, uma ferida aberta no Brasil e no mundo.

Terminamos o ano com a impressão de que não fizemos o dever de casa, tampouco as autoridades tiveram visão para se preocupar em primeiro lugar com a VIDA, afinal, é para ela que nascemos, crescemos e (re) produzimos. A pergunta é: haverá bem maior a ser preservado?

Dentre todas as espécies, o homem é aquela que mais destrói, mas a que também pode reconstruir.

Em todo mundo há exemplos de recuperação de áreas ambientais que nos tocam pela visão sensível de valorizar a vida em todos os seus aspectos. Mas há também exemplos caóticos que nos põem a pensar o que será o aguardado “futuro do planeta.” Para além da realidade e de qualquer ficção científica, este deve ser nosso maior projeto e também nosso maior dilema.

No Brasil, 2019 foi um ano de notícias tristes, começando pelo rompimento da barragem de Brumadinho (MG), em janeiro, e seguindo com uma série de incêndios na Amazônia cujo ápice foi em agosto, mas continuou nos meses seguintes. O meio ambiente aparece como uma das áreas mais frágeis do País conhecido mundialmente por suas belezas naturais e responsável por 60% da Amazônia, maior floresta tropical do mundo.

Somem-se às tragédias, incêndios em outros biomas importantes como o Cerrado, os maus tratos contínuos com a Mata Atlântica e o derrame de óleo de origem não identificada nas praias do Nordeste – que também atingiu o Sudeste – e temos um quadro da situação emergencial que deve ser resolvida justamente quando o planeta ainda clama por cuidados.

A imprensa frequentemente tem sido apontada como portadora de más notícias. O fato é que a imprensa espelha ações da sociedade, então a culpa não é da imprensa, é de uma distorção de valores que coloca o consumo e o lucro imediato em primeiro plano, deixando em último plano a preservação de nosso bem mais precioso: a vida em toda plenitude, das espécies vegetais às animais, da água doce aos oceanos.

Alguém poderia perguntar sobre o por que da insistência no tema ambiental. Justamente porque se trata não de uma virada de ano, mas de uma virada de década, trata-se do futuro a ser arquitetado daqui para frente a partir do século 21, que deverá se constituir como o “século da consciência ambiental”, antes que seja tarde.

A população humana continuará a crescer em todo mundo. A humanidade começou o século 20 com 1,6 bilhão de pessoas, hoje já são cerca de 7,5 bilhões e estimativas indicam que seremos 10 bilhões em 2050. A relação do crescimento populacional com a ascensão social está pressionando os recursos naturais essenciais, como a água.

Então o momento de preservar nossas nascentes e rios é agora, mas tendo em vista a destruição pela poluição do lixo e esgoto urbano, resíduos industriais, mineração a qualquer preço e destruição das matas ciliares e coberturas florestais, estamos plantando um futuro desértico que terá como um de seus maiores problemas a seca e a falta de água.

Vamos iniciar 2020 valorizando as águas, não apenas como símbolo da limpeza que todos pretendem ao fim do ano, mas como simbolo de um renascimento que tome as consciências como um novo “batismo” para o renascimento do homem em sua casa que é a Terra inteira. (Folha de Londrina).

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