Reforma da Previdência: Governo não vive de atos populares”, diz o secretário da Casa Civil Guto Silva

Guto Silva, chefe da Casa Civil do Paraná e vice-presidente da Assembleia Legislativa (Alep), disse que o governo não vive de atos populares. 

O deputado estadual (PSD) está presente na sessão da reforma da Previdência Estadual. A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) foi encaminhada pelo governador Ratinho Junior para estancar o crescimento do deficit já existente para o pagamento de aposentadorias e pensões.

A votação da reforma da Previdência era para ter sido iniciada na sessão de ontem (4), mas foi suspensa pela ocupação dos servidores estaduais. Com isso, a sessão legislativa mudou para a Ópera de Arame, ponto turístico de Curitiba.

“É uma medida impopular para o servidor, mas um governo não vive de popularidade. É preciso de um compromisso com as contas públicas e nós temos legitimidade para fazer essa avaliação. O governo está confortável com a posição. Grande parte dos estados já fizeram. Não há espaço fiscal para maluquice”, disse Guto da Silva.

“Temos uma conta a pagar, que é o déficit previdenciário. Viemos acumulando e é preciso resolver. Às vezes não é um ato simpático, é um ato que desagrada alguns setores da sociedade. Mas é necessário para que o Estado se mantenha de pé”, completou ele.

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Sessão da Alep está sendo realizada na Ópera de Arame. (Orlando Kissner / Alep)

A sessão começou às 14h35 e conta com a presença de 53 deputados – Gilberto Ribeiro é o único ausente.

A primeira votação do dia foi um requerimento, apresentado pelo líder do governo, Hussein Bakri (PSD), para derrubar o interstício de cinco sessões.

Pela Legislação, deveria existir um intervalo entre as votações de primeiro e segundo turno. Contudo, o deputado Adamir Traiano, presidente da Alep, já adiantou que o desejo é fazer as duas votações e a redação final da Previdência ainda hoje.

Contudo, por 42 votos a 10, o requerimento derrubou o interstício.

Mais cedo, o deputado Tadeu Veneri (PT), líder da oposição, criticou a tentativa. “Os prazos são muito claros, não se pode antecipar sessões. Isso é extremamente grave. É lamentável e espero que exista juízo na mesa diretora”, disse ele, antes de falar especificamente sobre Traiano. 

“O presidente está fazendo aquilo que é uma loucura. É da cabeça dele e da mesa diretora. Eu repudio. Tenho o maior respeito pelo Traiano, mas se ele resolve jogar toda sua história no lixo, é problema dele”, completou. (Com informações da Alep e Paranatotal).

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