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Crise generalizada, corrupção e “direção imperial de Lula” impedirá ascensão ao poder dos progressistas em até quatro eleições

Candidato à Presidência pelo PDT derrotado em 2018, o ex-ministro Ciro Gomes disse que o “campo progressista” perderá as próximas três ou quatro eleições caso o que ele chama de “burocracia do PT” mantenha uma estratégia em “nome da direção imperial” do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“O PT são vários PTs. E é importante que você entenda essa premissa para o raciocínio que vou elaborar. Esta burocracia do PT e a estratégia que essa burocracia está fazendo em nome da direção imperial do Lula é certeza da derrota do campo progressista no Brasil agora e pelas próximas três ou quatro eleições”, afirmou o ex-ministro, que veio a Belo Horizonte participar da filiação ao PDT da professora Duda Salabert, a primeira transexual a se candidatar ao Senado, nas eleições do ano passado – ela estava sem partido desde que desfiliou do PSOL.

Ele disse que os governos do PT geraram “corrupção generalizada” e crise econômica.

Como mostrou a Coluna do Estadão, cresceu entre políticos e analistas a percepção que Ciro decidiu radicalizar o discurso de defesa da democracia e romper com a “frente de esquerda”. “Agora ninguém mais vai enganar ninguém porque o que eu tinha para dar de engolir, de ter que fazer silêncio em nome da unidade, eles acabaram de liquidar.”

O ex-ministro afirmou que PT e Bolsonaro são “rigorosamente as duas faces da mesma moeda”. Ele cita que Bolsonaro, diante da queda de sua popularidade, afirma que, se errar, o “PT pode voltar”. “No mesmo dia, a Gleisi Hoffmann, que interpreta esse PT corrupto e incompetente, que é uma pau mandado do Lula, sem nenhum tipo de atitude crítica, diz que vai ser ‘nós contra o Bolsonaro’. Enquanto isso alguém ilude o (governador do Maranhão) Flávio Dino (PCdoB), alguém fala em unidade comigo, e tal.”
Sobre o pedido de desculpas do deputado Alexandre Frota (PSDB-SP), Ciro diz que não iria atribuir “relevância política a isso”, mas que vê um gesto “muito nobre”. “Aceito as desculpas”. Frota, que saiu do PSL, disse que Ciro “tinha razão sobre Bolsonaro”. (R7).

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